sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 08 – 1º Trimestre 2012


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 08 – 1º Trimestre 2012
(11 a 18 de fevereiro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 18 DE FEVEREIRO
 Cuidando da Criação
(Gn 2:15)

            Embora a Terra, futuramente, seja destruída pelo fogo eterno, o princípio de manutenção da Terra e da natureza é claro na Escritura. Ao olhar para os animais, as flores, o mar, as cachoeiras, enfim, para toda a natureza, percebemos que, ela sem o homem não teria sentido de existir. Ela foi criada para servir a humanidade, e consequentemente, o mesmo foi criado também para manter a natureza em seu perfeito estado. Infelizmente o pecado desvirtuou todo este exercício e a natureza geme pela maldade causada pelo ser humano. Todos os que se intitulam cristãos, deveriam dar exemplo, cuidando, protegendo e zelando pela natureza. É difícil imaginar que alguém ainda seja levado para o Céu quando, aqui na terra, fez pouco caso do cuidado e proteção à natureza. Deus nos fez mordomos neste mundo e confiou-nos todas as coisas aqui existentes. É inegável que, certamente os que destroem a terra também serão destruídos no juízo (Ap 7). Creio que Deus não levará para a eternidade homens e mulheres que não tenham um mínimo de compaixão pelos animais ou por uma simples e singela flor. Não há nada de estranho nisto, o que há de estranho é alguém se intitular cristão quando não consegue fazer nem o que é mais fácil, zelar, proteger e cuidar das coisas que Deus trouxe a existência para nossa própria subsistência.
 DOMINGO, 19 DE FEVEREIRO
Movimento de libertação da lagosta
(2Pe 3:10-14; Is 51:6; 65:17; Ap 21:1)

            A história da libertação das lagostas (ver lição), é interessante e pode soar como um ato de extremismo. Mas, o que dizer dos pobres animais que dia a dia são levados para o matadouro?  O que dizer das milhares de galinhas, bois, vacas e outros animais indefesos que são mutilados, maltratados e assassinados simplesmente para alimentar o paladar pervertido de muitos? A minha maneira de expressar pode soar um tanto forte, mas, forte não seria a insanidade e crueldade oferecida sem sorte aos animais? E se você tivesse vindo à existência, não como um ser humano, mas como um desses pobres animais? Se, como animal, pudesse dizer algo, o que diria? A verdade é que, muitos dos que comem carne não apreciam serem advertidos ou repreendidos quanto a este fato. Infelizmente, o egoísmo pela satisfação do paladar é tamanho que não se importam se os animais vieram à existência para um propósito belo da parte de Deus ou não. Não penso que estou levando esta questão para o extremo, aliás, para mim, extremo é viver como estimulador para a matança dos animais, especialmente quando, como cristãos criacionistas, deveríamos dar exemplo de proteção, cuidado e manutenção da criação. Não nos esqueçamos de que a natureza não é apenas as árvores, flores e as belas cachoeiras. Os animais fazem parte da natureza que Deus projetou em Seu coração e materializou com Sua poderosa Palavra: “Haja”.
            Deveríamos ser testemunhas não apenas na moral, mas no cuidado outorgado por Deus no Éden para Adão e sua geração: “cultivai”. Salomão escreveu que “O justo zela pela vida dos animais, enquanto que os ímpios lhes trazem sofrimento” (Pv 12:10). Portanto, o papel de sofrimento aos animais é feito pelos ímpios e não pelos justos.
            Um dia Deus restabelecerá as coisas trazendo-as ao seu estado original. Todas as coisas serão renovadas. Mas, de qualquer forma, enquanto este dia não chegar, devemos dar exemplo de manutenção e cuidado das coisas criadas por Deus. O mesmo interesse que tivermos na preservação e proteção do que Deus criou aqui na Terra, será o mesmo interesse manifestado no Céu. Portanto, pense nisso...
           
SEGUNDA, 20 DE FEVEREIRO
Declaração sobre o cuidado da criação
 (Gn 1:1, 26; 9:7; Sl 24:1; 100; Tg 5:1,2,4,5; Hb 1:3)

      Por causa do pecado, o caos e a desordem tomaram conta do nosso planeta. Se antes do pecado Adão havia recebido a missão de cuidar, zelar e proteger a natureza, quem dirá então depois do pecado? Em nossos dias a situação caótica do desmatamento, a matança desenfreada aos animais, a destruição do ecossistema, da camada de ozônio e a contaminação das águas, são motivos muito profundos para que o povo de Deus abrace com força a missão do dever de lutar pela conservação da natureza uma vez outorgado a Adão. A igreja adventista do sétimo dia entende bem este propósito e o define muito bem através de seus votos e princípios que envolvem este fator. Todos que se intitulam cristãos possuem o dever de fazer o melhor possível para proteger a criação de Deus. Aqueles que assim não o fazem estão dando testemunho contrário ao real propósito estabelecido pelo Criador. Um dia a Terra será restaurada completamente, mas é propósito de Deus que em nosso coração esteja bem fundamentado o desejo de zelar pelo que ainda temos, ou seja, daquilo que ainda nos restou. Somos mordomos de Deus, pois foi-nos concedido o privilégio de sermos administradores das coisas de Deus nesta Terra. Cristão que não assumem este privilégio em sua vida como um todo, poderiam, no céu, assumir algo semelhante? Creio que não, pois é aqui que temos a oportunidade de desenvolver esta virtude para poder exercê-la também no céu. Pense nisso...
                       
TERÇA, 21 DE FEVEREIRO
Cuidando da criação
(Mt 22:37-40; Gn 2:15)

            Observe bem este fato, aquele que tiver amor por uma simples formiga, terá amor transbordante por qualquer outra coisa mais. Parece um tanto estranho ter amor por uma formiga, mas, só conseguiremos demonstrar amor pelas coisas ou pessoas que realmente são muito importantes quando conseguirmos demonstrar piedade, compaixão e amor pelas coisas mais simples da vida. Uma formiga pode ser simples demais para demandar de nós tal afeição, mas, quem não conseguir sentir piedade por um simples inseto, dificilmente sentirá por algo que seja de maior valor. Talvez este seja um bom termômetro para avaliarmos melhor nossa dimensão de cuidado, interesse e afeição pelas pessoas. Aquele que consegue sentir piedade por uma flor, ou por um inseto, ou por qualquer outra coisa que transpareça ser de valor pequeno e insignificante, com certeza sentirá profundamente compaixão por seres humanos. Este é um bom exercício para a vida espiritual e para o coração que precisa ser regenerado. Talvez Deus tenha este propósito, o de nos sensibilizar nas pequenas coisas para sermos sensíveis nas grandes. O cuidado pela ecologia pode não ser manifestado objetivamente nas Escrituras, mas o é de maneira subjetiva. Se um inseto como a formiga ou uma pequena flor não fosse importante suficiente para termos interesse por sua vida e manutenção, com certeza Deus não os teria criado.

QUARTA, 22 DE FEVEREIRO
Sábado e meio ambiente
(Pv 27:20; Êx 20:8-11; Ne 13:16-19)

             Os defensores do domingo na chamada coalisão cristão nos EUA utilizam, entre tantos argumentos para a legislação dominical, o argumento da restauração ambiental do planeta. Sugerem que se os veículos, as fábricas com suas chaminés e qualquer outro tipo de trabalho que contribua para massificar a poluição do planeta parassem em um dia da semana, neste caso o domingo, quantos danos poderiam ser reduzidos em todo o planeta? A política para a proteção do meio ambiente é, sem dúvida, excelente e atende algumas das necessidades, mas, o que neste caso está em jogo seria qual o dia da semana que a lei dos homens favoreceria. Se não favorecer o verdadeiro dia do Senhor, mesmo as boas intenções perdem seu determinado valor. No entanto, o sábado em nossos dias deve desempenhar este nobre papel. O sábado é símbolo da criação porque Deus terminou sua obra e descansou neste dia. O sábado também é o símbolo da recriação porque Jesus, após concluir sua obra de redenção, em sua morte descansou neste mesmo dia. Assim o dia do Senhor, o sábado, se tornou o link que nos liga ao ato da criação e ao ato da recriação. Como adventistas devemos participar com Deus na obra da recriação, pois o sábado deve representar este nobre marco na vida dos que seguem a verdade. Plantar árvores, cuidar dos animais, preservar ao máximo o ambiente das impurezas e lixos, chamar a atenção da sociedade para o meio ambiente deve ser, além de meras atitudes, também um estilo de vida dos adventistas. O vegetarianismo é um bom exemplo de preservação ambiental. Àqueles que preferem um regime no mínimo ovo-lacto-vegetariano estão contribuindo massivamente para a preservação, não somente dos animais, mas também do meio ambiente como um todo. O sábado, por ser o símbolo da criação é ao mesmo tempo se torna o símbolo da recriação e conservação e todos que guardam este dia com propósitos espirituais, naturalmente manifestarão este propósito em suas vidas.

QUINTA E SEXTA 23 e 24 FEVEREIRO
O domínio da humanidade
(Gn 1:28)

            Gênesis 1:28 sugere que o homem deve encher a Terra e o verbo no hebraico pode significar literalmente que o homem deve completar a Terra. Bom, completar é bem diferente de destruir ou sugar tudo o que contém nela. O domínio sobre a Terra e sua natureza parte do pressuposto da sujeição plena a Deus. Se não houver esta sujeição não haverá complementação. A destruição e o proveito inconsequente da Terra pelo homem é uma das evidências de sua distância e insubmissão a Deus. O amor profundo e genuíno ao Senhor acima de tudo, é capaz de tornar o homem também apaixonado por sua criação. O homem temente a Deus observa o encanto e a beleza do meio ambiente e em seu coração fremirá o desejo de preservar ao máximo os propósitos originais desta vasta criação. Não olhará mais com desdém buscando apenas tirar proveito deixando para trás os bagaços do que sobrou. Uma vez que o caráter de Deus deve ser impresso em nossa vida, o domínio que devemos ou deveríamos exercer sobre a Terra deveria demonstrar estes valores. Arrisco-me a dizer que, o homem verdadeiramente convertido não trará mais sofrimento à natureza de Deus. Pelo contrário, buscará fazer o melhor para conservá-la dando devido testemunho a este favor. Deus espera de nós este tipo de virtude. A ordem dada no Éden para cuidar da natureza ecoa até aos nossos dias para alcançar os corações verdadeiramente convertidos. Pense nisso...
           
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br

Um comentário:

Anonymous disse...

A lição acabou sendo separada do contexto trimestral. Bem provável que os professores terão dificuldades na recaptulação com seus alunos.

O exercício será aproximá-la do contexto. E gratificante.

Deus, o Criador, Redentor e Legislador, é o Cuidador, Mantenedor e Protetor deste planeta. Tem Ele agido através de Suas leis fixas. E gostaria de agir através da humanidade também. Para isso, já havia estabelecido Adão como rei no Éden, o cooperador.

Mas convenhamos: é melhor ser cuidador no paraíso perfeito do que do lado de fora do Éden, onde o processo de degradação foi dado início e só poderá cessar quando na conclusão do Plano da Redenção. E daí o paradoxo: não destruir algo que será destruido. Zelar por algo que será consumido. Preservar algo que será restaurado.

A propósito: se absolutamente todas as pessoas do mundo aceitassem Cristo como seu Salvador pessoal, teria sido necessário que Ele morresse? Seria necessária a restauração vindoura do Planeta?

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(Não foi postado meu comentário para a Lição 6).

Carlos Bitencourt

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