terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 4º Trimestre 2011 (10 a 17 de Dezembro)


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 12 – 4º Trimestre 2011 (10 a 17 de Dezembro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 10 DE DEZEMBRO
                                                                 Vivendo pelo Espírito
(Gl 5:16)

            Nesta última seção da carta (5:16 – 6:10) vemos o ensinamento de Paulo sobre o uso que cada crente em Cristo faz ou deve fazer de sua liberdade inerente. O verso em questão também faz um nítido contraste entre as duas formas de vida (ver também Rm 8:4-6). O contexto apresenta dois tipos de natureza existente na vida do cristão – carnal e espiritual. Ambas naturezas disputam espaço, pensamentos, comportamentos, palavras, intenções e desejos. No entanto, a forma como alimentamos nossos sonhos e desejos pelos cinco sentidos, será a forma como uma dessas naturezas prevalecerá. É como se tivéssemos dois leões famintos em nós, o leão carnal e o leão espiritual. Qual destes estamos nutrindo? Lembre-se que, em um confronto interno, o leão mais bem alimentado é o que sairá vencedor. Infelizmente, em nossos dias, muitos cristãos não estão levando este dilema a sério. Em consequência, acabam se tornando cristãos fracassados e cheios de derrotas espirituais. Não conseguem abster-se de seus pecados e acabam se conformando com uma vida espiritual apática se pendurando no argumento diabólico de que somos fracos e propensos para o mal. De fato somos fracos e propensos, mas isto não significa que não podemos ser fortes e vitoriosos. A graça de Cristo nos concede perdão e poder para sermos mais que vencedores em Cristo (Rm 8:1). A graça também nos livra de passar por provas que não podemos suportar e nos fortalece em Cristo.

Leitura Adicional

            “A Palavra de Deus é o alimento espiritual com que o cristão precisa fortalecer-se no espírito e no intelecto, de modo a poder batalhar pela verdade e justiça. A Bíblia ensina que todo pecado que nos assalta deve ser posto de lado; que a guerra contra o mal precisa ser levada avante até que todo erro seja vencido. O instrumento humano precisa colocar-se como estudante voluntário na escola de Cristo. Ao aceitar a graça que lhe é abundantemente oferecida, a presença do Salvador nos pensamentos e no coração dar-lhe-á firmeza de propósito para pôr de lado toda carga, a fim de que o coração se encha de toda a plenitude de Deus.
A singeleza da verdadeira piedade tem de ser introduzida na educação de nossos jovens, caso eles hajam de saber como escapar da corrupção do mundo. Cumpre ensinar-lhes que os verdadeiros seguidores de Cristo servirão a Deus, não somente quando isso esteja em harmonia com suas inclinações, mas também quando envolva renúncia e sacrifício. Os pecados que assediam devem ser combatidos e vencidos. Traços objetáveis de caráter, sejam eles herdados ou cultivados, devem ser comparados com a grande norma da justiça, e então vencidos no poder de Cristo. Dia a dia, hora a hora, deve operar-se no interior vigorosa obra de abnegação e santificação; então, as obras darão testemunho de que Jesus habita no coração pela fé. A santificação não fecha as entradas da alma ao conhecimento, mas amplia a mente, inspirando-lhe o desejo de buscar a verdade como a tesouros escondidos” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 448, 449).
           

DOMINGO, 11 DE DEZEMBRO
Andar no Espírito
(Dt 13:4, 5; Rm 13:13; Ef 4:1, 17; Cl 1:10; Êx 16:4; Lv 18:4; Jr 44:23; Gl 5:16, 25; Rm 8:4)

            Andar no Espírito não é viver sem a regra áurea. Todo aquele que se caracteriza como cristão deve andar no Espírito e se distinguir dos que vivem na carne, pois a inclinação da carne é morte e a do Espírito é vida (Rm 8:6). A pergunta que surge neste contexto é: “ O que seria viver no Espírito? Viver no Espírito também significa ser obediente a lei de Deus. Em Romanos 8:7 Paulo afirma que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus". Isto indica claramente que a obediência à lei é um fruto da presença do Espírito Santo na vida. Aquele que vive no Espírito não está sujeito a carne e suas paixões (Rm 8:9), mas sujeito à vontade de Deus manifestado pelo Seu poder na vida de todo aquele que crê e se entrega a Cristo genuinamente. Andar no Espírito não é apenas cantar, louvar, pregar ou dar estudo bíblico, reflete em andar como genuíno cristão em todo o momento da vida. A lei de Deus é um guia seguro para sempre estarmos bem longe do pecado manifestado nos desejos da carne. Viver em Espírito significa deixar de ser escravo do pecado para ser submisso à vontade soberana de Deus em todos os sentidos. Por este motivo é que Paulo foi enfático ao escrever que “a lei de Deus é espiritual” (Rm 7:14).

Leitura Adicional

            “Todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor." II Cor. 3:18. Devemos conservar o Senhor sempre diante de nós. Os que fazem isso, andam com Deus, como fez Enoque, e imperceptivelmente para eles, tornam-se um com o Pai e o Filho. Realiza-se dia a dia na mente e no coração uma mudança, e as inclinações naturais e os caminhos naturais são moldados segundo o caminho e o Espírito de Deus. Eles crescem em conhecimento espiritual, e vão-se desenvolvendo até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus. Refletem para o mundo o caráter de Cristo e, permanecendo nEle e Ele neles, cumprem a missão para que foram chamados a ser filhos de Deus - tornam-se a luz do mundo, uma cidade edificada sobre um monte, que se não pode ocultar. "Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos." Mat. 5:15. Os que foram iluminados de cima, irradiam os brilhantes raios do Sol da Justiça.” (The Youth's Instructor, 25 de outubro de 1894).

            “É muito significativo confiar a Deus a guarda da alma. Significa que devemos viver e andar pela fé, não confiando no eu nem o glorificando, mas olhando a Jesus... como o Autor e Consumador de nossa fé. O Espírito Santo realizará Sua obra no coração, mas não pode jamais atuar em alguém cheio de orgulho e pretensão. Este, em seu entender, teria capacidade para corrigir a si mesmo. O eu se interpõe entre sua alma e o Espírito Santo. O Espírito Santo operará se o eu não se interpuser. ...
O Espírito Santo está pronto a cooperar com todos que O receberem e forem ensinados por Ele. Todos que se apegam à verdade e são santificados mediante a verdade estão tão unidos com Cristo que podem representá-Lo em palavra e ação. Revestiram-se de Cristo e possuem um poder que os capacita a revelar a verdade a outros. Que o Espírito Santo fale ao coração do povo escolhido de Deus, para que suas palavras sejam tão valiosas quanto o ouro, ao darem o pão da vida àqueles que estão em transgressão e pecado.” (Manuscrito 140, 1897).

                                           SEGUNDA, 12 DE DEZEMBRO
O conflito do Cristão
 (Gl 5:17; Rm 7:14-24)

            É muito fácil uma pessoa vencer o desejo pelo cigarro quando ela nunca fumou. É muito fácil uma pessoa não sentir desejos pela bebida alcoólica quando ela nunca o provou. Mas é difícil colocar-nos no lugar de uma pessoa que passa por uma batalha dura de ser vencida quando sua experiência com o pecado foi profunda e séria. Cada um tem uma luta muito peculiar. Cada ser humano possui lutas semelhantes ou diferentes, mas a verdade é que, todos nós temos lutas a serem vencidas na vida cristã. É verdade que, pelo poder do Espirito em nossa vida, podemos nos tornar vencedores, mas também é verdade que determinadas provas nos perseguirão até o fim. O conflito entre a carne e o Espírito será travada todos os dias em que vivermos nesta Terra e neste contexto. É possível vencer o pecado, mas não é possível erradicar a força dele de nós. Isto acontecerá quando Jesus voltar e nosso corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade. Nossa essência foi corrompida e desejamos apenas o que não presta. No entanto, isto não significa que devemos lançar a toalha e nos entregar às paixões da vida. Deus, através de Jesus, nos aceita como Seus filhos e quando aceitamos o convite para sermos filhos de Deus, Ele nos concede o Seu Espírito para nos libertar e capacitar para sermos vencedores pela fé. Dois leões combatem dentro de nós e o leão da vida espiritual vencerá a batalha quando pararmos de nutrir o leão carnal e alimentarmos o leão espiritual. A santificação depende da ação do Espírito Santo em nós, mas também depende de nossa disposição em desejar vencer e ser transformado. Lembre-se que, assiduamente, as duas naturezas existentes em nós entram no ring para lutar. A carne e o Espírito batalham por obter o controle de todo o nosso ser. O vencedor sairá como consequência da maneira como conduzimos nossa vida e vigiamos os cinco sentidos da alma.

Leitura Adicional

            “A santificação é uma obra diária. Ninguém se engane com a crença de que Deus o perdoará e abençoará enquanto está calcando aos pés um de Seus requisitos. O cometimento intencional de um pecado conhecido silencia a voz testemunhadora do espírito e separa a pessoa de Deus. Quaisquer que sejam os êxtases do sentimento religioso, Jesus não pode habitar no coração que menospreza a lei divina. Deus só honrará os que O honram.
"Daquele a quem vos ofereceis como servos para  obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos." Rom. 6:16. Se condescendemos com a ira, concupiscência, cobiça, ódio, egoísmo, ou qualquer outro pecado, tornamo-nos servos do pecado. "Ninguém pode servir a dois senhores." Mat. 6:24. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as instigações do pecado, pois a carne milita contra o Espírito; mas o Espírito milita contra a carne, mantendo uma luta constante. É aí que a ajuda de Cristo é necessária. A fraqueza humana une-se à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!" (I Cor. 15:57 – Mensagens aos Jovens, p. 114).
           
TERÇA, 13  DE DEZEMBRO
As obras da carne
(Jr 7:9; Os 4:2; Mc 7:21-2; 2Tm 3:2,3; I Pe 4:3; Ap 21:8)

            As obras da carne podem também ser traduzidas como as obras do pecado ou consequências e resultados do pecado. Isto poderia sugerir que pecado deve ser mais grave e ir além do simples ato em si. Pecado, segundo a Escritura é quebrantamento da lei de Deus (1 Jo 3:4). Mas, se analisarmos o texto de maneira criteriosa perceberemos que, antes do pecado ser a transgressão da lei, ele parece ser outra coisa, João afirma que o pecado “também é a transgressão da lei”. Um bom exemplo para entendermos a expressão de João é o seguinte: Hoje eu também estou de paletó. Isto significa que antes do paletó eu tenho outra coisa por dentro, talvez uma camisa. Na verdade o pecado antes de ser a transgressão da lei ele é o afastamento ou distanciamento de Deus (Is 59:2). Por isto que, quanto mais distantes de Deus nos encontramos, mais vulneráveis nos tornamos às tentações e ao pecado. Portanto, matar, roubar, mentir, adulterar e outras coisas mais, na verdade são obras da carne, ou melhor, são frutos do pecado, porque na essência, pecado é o ato de estar afastado ou distanciados de Deus. Quanto mais longe de Deus, mais as obras da carne são visíveis em nós, e quanto mais perto de Deus, menos obras da carne serão vistas em nós. Por isto que intimidade e relacionamento profundo com Deus se faz necessário, pois as tentações perderão suas forças contra nós na medida em que estivermos mais perto do Senhor. Quanto mais oramos, estudamos a Bíblia e ensinamos outros destas verdades transformadoras, mais distante Satanás e seus anjos estarão de nós e mais nossa natureza espiritual  permanecerá fortalecida.

Leitura Adicional

            “Em todos os séculos a transgressão da lei de Deus tem sido seguida pelo mesmo resultado. Nos dias de Noé, quando todo princípio de reto proceder fora violado, e a iniqüidade se tornara tão profunda e difusa que Deus não a pôde mais suportar, saiu o decreto: "Destruirei, de sobre a face da Terra o homem que criei." Gên. 6:7. Nos dias de Abraão, o povo de Sodoma desafiava abertamente a Deus e Sua lei; e teve lugar aí a mesma impiedade, a mesma corrupção, a mesma incontida condescendência que haviam assinalado o mundo antediluviano. Os habitantes de Sodoma transpuseram os limites da divina paciência, e sobre eles se acendeu o fogo da vingança de Deus.
O tempo que precedeu o cativeiro das dez tribos de Israel foi de uma desobediência similar e similar impiedade. A lei de Deus era contada como de nenhuma importância, e isto abriu as comportas da iniqüidade sobre Israel. "O Senhor tem uma contenda com os habitantes da Terra", declarou Oséias, "porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na Terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios." Osé. 4:1 e 2. (Profetas e Reis, p. 297).

            “Se não houvesse nada mais, em todas as Escrituras, que apontasse claramente o caminho para o Céu, nós o teríamos aqui nestas palavras. Elas nos dizem que é conversão. Declaram-nos que temos de fazer para ser salvos. E, meus amigos, desejo dizer-vos que isso atinge diretamente a raiz da obra superficial no mundo religioso. Opõe-se diretamente à idéia de que podemos tornar-nos filhos de Deus sem alguma modificação especial. É efetuada em nós uma nítida mudança se a verdade de Deus encontrou guarida em nosso coração, pois ela exerce uma influência santificadora sobre a vida e sobre o caráter. Quando vemos os frutos da justiça naqueles que pretendem possuir uma verdade avançada, como é o nosso caso, haverá um procedimento que testifica que temos aprendido de Cristo”. (Fé e Obras, p. 63).
           
QUARTA, 14 DE DEZEMBRO
O fruto do Espírito
(Gl 5:22-24; Mt 5:21,22,27,28; 22:35-40)

            O fruto do Espírito apresentado por Paulo é a evidência do poder da graça na vida dos que estão em Cristo. Seria interessante se escrevêssemos estas nove virtudes em um papel e as colocássemos na cabeceira da cama, nas portas do guarda-roupa, na capa da Bíblia, na porta por onde rotineiramente entramos, no vidro do carro para que jamais nos esquecêssemos deste ideal a ser alcançado. Claro que não depende simplesmente de nossas forças, pois está fora de nós conseguir sermos moldados por tais princípios. No entanto, pelo poder de Deus e pelo profundo desejo que nos cabe, este fruto, gradativamente passa a ser impresso em nossa vida milagrosamente. Na verdade, ai está a verdadeira essência da perfeição Cristã. Ser perfeito como Deus é, não está ligado a nenhum fator externo por natureza, mas a todos os fatores internos por essência. Ser perfeito como Deus é perfeito implica em amar como Deus ama, ter compaixão como Deus tem, ser misericordioso como Deus é, além de exercer domínio próprio e outras virtudes relacionadas na lista de Paulo. Claro que o amor é a virtude de todas as virtudes. É o cerne que faz possuir valor todas os demais e sem o amor, nada mais terá sentido. Sem o amor, nossos atos sairão do palco da vida para atuar como coadjuvantes. Não é possível representar a Deus e seu caráter sem este dom maravilhoso, pleno e absoluto. O fruto do Espirito contrasta com as obras da carne e mostra o ideal divino na santificação do coração do homem. Somos alvos do fruto do Espirito, pois é exatamente isto que o Espírito de Deus persistentemente deseja fazer em nossa vida.

Leitura Adicional

            “O motivo por que condescendemos descuidosamente com o pecado, é que não vemos a Jesus. Não consideraríamos levemente o pecado, caso apreciássemos o fato de que o pecado magoa nosso Senhor. ... A devida estimativa do caráter de Deus nos habilitaria a representá-Lo bem perante o mundo. A aspereza, a rudeza de palavras ou de maneiras, a maledicência, as palavras apaixonadas ou coléricas, não podem existir na alma que contempla a Jesus. Aquele que permanece em Cristo vive numa atmosfera que impede o mal, e não apresenta a mínima desculpa por qualquer coisa dessa espécie. A vida espiritual não se nutre do interior, mas tira sua nutrição de Cristo, como faz a vara da videira. Dependemos de Cristo a cada instante; Ele é nossa fonte de abastecimento. Todas as nossas formas exteriores, orações, jejuns e esmolas, não podem substituir a obra interior do Espírito de Deus no coração humano”. (The Youth's Instructor, 10 de fevereiro de 1898).

“Quando uma pessoa está inteiramente vazia do próprio eu, quando todo falso deus é expulso da alma, o vazio é preenchido com a comunicação do Espírito de Cristo. Essa pessoa possui a fé que purifica a alma de contaminação. ... É um ramo da Videira Verdadeira, e produz ricos cachos de fruto para a glória de Deus. Qual é o caráter do fruto produzido? - O fruto do Espírito é "amor", não ódio; "alegria", não descontentamento e queixumes; "paz", não irritação, ansiedade. É "longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio". Gál. 5:22 e 23. (Obreiros Evangélicos, pág. 287).

“Uma vara não deve tomar emprestada sua nutrição de outra. Nossa vida provém da videira-mãe. É unicamente pela união pessoal com Cristo, pela comunhão diária com Ele, comunhão de cada hora, que nos é possível dar os frutos do Espírito Santo. ... Nosso crescimento na graça, nossa alegria, nossa utilidade, tudo depende de nossa união com Cristo e do grau de fé que nEle exercemos. Aí está a fonte de nosso poder no mundo”. (Testimonies, vol. 5, pág. 47).

QUINTA E SEXTA, 15 e 16  DE DEZEMBRO
O caminho para a vitória
(Gl 5:16-26)

            Não nos é possível vencer os pecados pela essência, mas é possível vencê-lo como atos. É difícil dizer palavras como estas em nossos dias, uma vez que, muitos são encarados como perfeccionistas ao afirmarem que o pecado pode ser vencido. Nossa essência fragilizada permanecerá todos os dias conosco até o dia da glorificação, mas os frutos desta fragilidade podem ser renunciados e abandonados. Um homem que vive com duas mulheres, pode sim, pelo poder de Deus passar a viver com apenas uma. Um jovem escravizado as drogas, pelo poder de Deus, pode ser  verdadeiramente liberto. Um homem pode abandonar o adultério, deixar o cigarro ou qualquer outro tipo de condescendência pecaminosa. A graça pode fazer qualquer ser humano se tornar mais que vencedor em Cristo. Não é bíblico a ideia que tem se erguido por ai de que a graça nos salva independentemente do que continuamos a fazer após sermos alcançados por ela. A graça que salva é a mesma que nos liberta da escravidão do pecado. Deus, pelo Seu poder nos habilita a sermos vitoriosos. Gradativamente o Espírito de Deus vai moldando-nos usando inclusive nossa própria experiência de vida (Mente, Caráter e Personalidade, v.1, p. 17). A transformação do coração humano, parte de nossa decisão e desejo, mas é uma obra de responsabilidade de Deus. É Ele quem se encarrega de nos conceder a vitória sobre o pecado. Claro que, mesmo vivendo uma vida piedosa e de vida espiritual vibrante, enquanto vivermos aqui nesta terra, jamais deixaremos de ser miseráveis na essência. Somos devedores diante de Deus e jamais teremos como pagar esta dívida. Na verdade, embora seja assim, Deus pede de nós apenas nosso coração, que na realidade representa todo o ser. O caminho da vitória significa aprender amar o que Deus ama e odiar o que Deus odeia. É obra do Espirito Santo colocar este tipo de sentimento em nosso coração. Observe que “Não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja. O mais fraco dos santos, bem como o mais forte, podem alcançar a coroa de glória imortal. Podem vencer todos os que, pelo poder da divina graça, conduzem a vida em conformidade com a vontade de Cristo. A prática, nos pormenores da vida, dos princípios estabelecidos pela Palavra de Deus, é não raro olhada como coisa sem importância - assunto por demais trivial para que se lhe dê atenção. Mas considerando o que está em jogo, nada é pequeno quando ajuda ou estorva. Cada ato acrescenta seu peso na balança que determina a vitória ou fracasso na vida. E a recompensa dada aos que triunfam será proporcional à energia e fervor com que lutaram” (Exaltai-O – MM 1992, p. 150).

Leitura Adicional

            “Que ninguém suponha que a conversão é o início e o fim da vida cristã. Existe uma ciência do cristianismo que deve ser compreendida. Deve haver crescimento na graça, que é um constante progresso e aperfeiçoamento. Amente deve ser disciplinada, treinada, educada; pois o filho de Deus deve fazer o serviço de Deus de forma que não é natural, ou não está em harmonia com a inclinação inata. Os que se tornam seguidores de Cristo descobrem que são providos novos motivos de ação, surgem novos pensamentos e devem resultar em novas ações. Mas eles podem fazer progresso apenas por meio de conflito, pois há um inimigo que contende contra eles, apresentando tentações para fazer com que surja a dúvida e o pecado. Além desse inimigo sempre vigilante existem tendências para o mal, hereditárias e cultivadas, que devem ser vencidas. Muitas vezes, a formação e educação de toda uma vida deve ser descartada a fim de que o cristão se torne um aluno na escola de Cristo e, naquele que deseja ser participante da natureza divina, o apetite e a paixão precisam estar sob o controle do Espirito Santo. Não pode haver fim para essa guerra deste lado da eternidade, mas enquanto houver constantes batalhas a travar, também haverá vitórias preciosas a ganhar, e o triunfo sobre o eu e o pecado tem mais valor do que se pode imaginar. O esforço feito para vencer, apesar de exigir abnegação, é de pouca importância se comparado com a vitória sobre o mal.
            A obra à qual devemos dedicar a vida é a preparação para a vida eterna, e se cumprirmos essa tarefa tal como Deus a planejou, cada tentação pode contribuir para nosso aperfeiçoamento, pois, quando resistimos à sua sedução, fazemos progresso na vida divina. No calor do conflito, enquanto estamos engajados em uma séria guerra espiritual, forças invisíveis estão ao nosso lado, enviadas do Céu par anos ajudar em nossas lutas e, na crise, nos são transmitidas força, firmeza e energia, e temos mais do que o poder mortal. Mas a menos que o agente humano coloque a vontade em harmonia com a vontade de Deus, a menos que abandone todos os ídolos e vença todas as práticas errôneas, nunca terá sucesso na guerra, mas, finalmente, será vencido. Os que desejam ser vencedores devem se envolver em conflito com forças invisíveis; a corrupção interior deve ser superada, e cada pensamento deve ser levado à harmonia com Cristo e sujeição a Ele. O Espírito Santo está sempre procurando purificar, refinar e disciplinar o caráter dos seres humanos para que se preparem par aa sociedade dos santos e dos anjos como vencedores, e sejam capazes de cantar o cântico da redenção, atribuindo glória e honra a Deus e ao Cordeiro, nas cortes celestiais” (Christian Education, p. 122, 123).
           

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br

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