quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 14 – 4º Trimestre 2011 (24 a 31 de Dezembro)

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 14 – 4º Trimestre 2011
(24 a 31 de Dezembro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 24 DE DEZEMBRO
Anunciando a glória da cruz
(Gl 6:14)

            A glória da cruz, vergonha para alguns, mas honra e riquezas para outros. A cruz do calvário se tornou o símbolo da glória do cristianismo. Claro que, a ausência da ressurreição tornaria a cruz desprovida de significado. Paulo entendia bem disso, e por isto fez de sua vida um troféu de vitória nas mãos de Deus e honra para o valor e significado da cruz. Sua preocupação e discurso em toda a carta de Gálatas era permeado da verdade focada em Cristo somente. Nada mais era importante para o discípulo e sua vida foi uma evidência clara desta realidade. Quanto temos o que aprender com Paulo! Absolutamente nada que esteja ligado a esta vida é mais importante e sublime que a Cruz de Cristo. A glória de Jesus revelada na cruz do calvário atingiria a todos em todas as gerações. Mesmo sem perceberem, até os ímpios e ateus são afetados por esta glória. Seja nas festividades do natal, ou nas datas convencionais da história, Jesus é lembrado e recitado geração pós-geração. Esta glória da cruz persegue e afeta a todos. Para os que creem em Cristo, esta glória indivisível os exalta para a redenção, mas para os que não creem Nele, esta mesma glória estabelece a condenação. Como bem expressou Dr. Elias Brasil, “a mesma cruz que salva, é a mesma que condena” (Reavivamento e Reforma – MM 2012, p. 17). Nossa vida deve estar completamente crucificada para o mundo para que a glória de Jesus brilhe em todo nosso ser.

Leitura Adicional

            “A cruz de Cristo - quantos creem que ela seja o que é? Quantos a introduzem em suas considerações, e quantos lhe conhecem o verdadeiro sentido? Não poderia haver no mundo um cristão, caso não existisse a cruz de Cristo. ... Desviai-vos dos exemplos do mundo, deixai de enaltecer os professos grandes homens; afastai a mente da glória de tudo que não seja a cruz de Cristo. Disse Paulo: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo." Gál. 6:14. Compreendam todos, do mais alto ao mais humilde, o que significa gloriar-se na cruz de Cristo. Essa cruz deve ser brava e varonilmente levada. Cristo declara: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Luc. 9:23. E a todos quantos a tomarem e carregarem após Cristo, a cruz é um penhor da coroa de glória incorruptível. ...
Eis a mais elevada ciência que podemos aprender - a ciência da salvação. A cruz do Calvário, devidamente considerada, é verdadeira filosofia, é religião pura e imaculada. É vida eterna para todos os que creem. Por penosos esforços, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali, deve ser gravado na mente... que a cruz de Cristo é justamente tão eficaz agora como o era nos dias de Paulo, e deve ser tão perfeitamente compreendida como foi pelo grande apóstolo, que pôde declarar: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo." Gál. 6:14. ... Sabei que a única coisa em que vos podeis com segurança gloriar, é aquela que vos abrirá as portas da cidade de Deus. Aprendei pela Palavra de Deus a maneira de formar caracteres adequados a viver no país que buscais. Sabei que Cristo deve ser exaltado entre vós, e que tudo quanto se perdeu em Adão é plenamente restaurado pela cruz de Cristo a todo crente.” (The Youth's Instructor, 7 de julho de 1898).
            
DOMINGO, 25 DE DEZEMBRO
Da própria mão de Paulo
(Gl 6:11-18)

            Assim como alguns profetas antigos, Paulo possuía secretários que escreviam suas palavras ao serem ditadas. Alguns comentaristas acreditam que Paulo, talvez, possuísse algum tipo de defeito nas mãos ou visual. Este defeito especificamente o das mãos, caso tenha sido realidade, deva ser fruto de maus tratos provocados pela perseguição intensificada em seus dias ou até mesmo pela intensa atividade com as tendas que produzia para sua sobrevivência. Outros acreditam que as marcas e a deficiência talvez tenham sido provocada pelo sofrimento que padeceu no seu trabalho apostólico (2Co 11:23-27). Não sabemos ao certo o que de fato tinha Paulo, mas de uma coisa sabemos, a carta aos Gálatas, comparando-a com outras, parecia ser especial. Devido aos problemas enfrentados na Galácia e a tensão causada pela discussão, Paulo, ao terminar de ditar fez alguns acréscimos pessoais. Segundo parece, Ele ditou a carta até o capítulo 6, verso 11; agora, ele a termina com uma súplica pessoal escrita de próprio punho. As letras grandes talvez sejam para grifar ou tornar relevante, em grau mais elevado de importância, as suas últimas palavras.
            Ele queria de fato chamar a atenção dos cristãos da Galácia para algo mais sublime - que fizessem da cruz de Cristo a razão de suas vidas. As palavras do Apóstolo, de correção, advertência, encorajamento e submissão à cruz, ecoam pelos séculos e chega até nós em pleno século XXI trazendo a nós as mesmas contribuições para o nosso bem estar e redenção em Cristo. Suas palavras escritas a punho não foram escritas apenas para aquele povo, mas para todos nós em que o Espírito Santo fez chegar tais palavras.

Leitura Adicional

            “Fez o grande apóstolo aos gentios qualquer sacrifício real, quando trocou o farisaísmo pelo evangelho de Cristo? Respondemos: Não! Com firme propósito, volveu costas às riquezas, aos amigos e à distinção social, às honrarias públicas e à parentela que ele amava sincera e fervorosamente. Preferiu unir seu nome e seu destino aos de um povo que antes considerava vil, qual escória de todas as coisas; mas por amor de Cristo sofreu a perda de todas as coisas.
Seus trabalhos foram mais abundantes do que de qualquer dos discípulos, seus açoites acima da medida. Foi espancado com varas, apedrejado, sofreu naufrágios, esteve à morte muitas vezes. Esteve em perigo por terra e mar, na cidade e no deserto, em perigos de ladrões, em perigos dos de sua nação. Prosseguiu em sua missão sob contínuas enfermidades, em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em frio e nudez. ... Quando interrogado pelo sanguinário Nero, ninguém estava a seu lado. ...
Mas porventura dedicou Paulo seu precioso tempo a relatar os ofensivos abusos que sofrera? Não, ele desviou a atenção, de si mesmo para Jesus. Não vivia para sua própria felicidade, entretanto era feliz. ... "Transbordante de gozo em todas as nossas tribulações." II Cor. 7:4. E nos últimos dias de vida, diante da morte como mártir, exclama com satisfação: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé." II Tim. 4:7. E fitando o futuro imortal, que fora o grandioso, inspirador motivo de toda a sua carreira, ele acrescenta, em plena certeza de fé: "Desde agora, a coroa da .justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia"; e então aquele homem, que vivera pelos outros, esquece-se a si mesmo: - "e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda." II Tim. 4:8. Oh, nobre homem de fé! Carta 1, 1883.
Paulo era vivo exemplo do que deve ser todo cristão verdadeiro. Vivia para glória de Deus. ... "Para mim o viver é Cristo." Filip. 1:21.” (Review and Herald, 29 de maio de 1900).

 SEGUNDA, 26 DE DEZEMBRO
Buscando a glória na carne
 (Gl 6:12, 13)

            O verso 12 apresenta uma séria advertência aos que pretendem ser coniventes com o erro em nome da paz. A política da boa vizinhança trará consequências danosas quando em jogo colocamos a verdade de Deus. Esta era no mais pleno sentido a motivação que estava por detrás da ideia da circuncisão. A influência política e a manutenção dos favores do governo romano não podiam ser sacrificados. Os gentios precisavam manter ritos que fossem coniventes com os judaizantes. Assim evitariam sacrificar no altar da ética seus próprios interesses. Desta forma, os da Galácia poderiam encontrar um ponto comum e pacifico com os judeus locais. Evitar perseguição e manter as influências politicas era o propósito de alguns líderes cristãos. Paulo foi contundente e não foi conivente com tal situação. Suas duras palavras foram precisas e revelavam sua grande preocupação com a igreja. Estas advertências são aplicáveis a todos nós hoje, pois a igreja de nosso século não está livre de cometer os mesmos erros do passado, especificamente da igreja da Galácia. Não devemos tornar o evangelho menos exigente hoje do que foi no passado. Não podemos incorrer no risco de tornar a verdade uma mensagem com brechas de facilidades para o caminhar cristão. Concessões têm sido feitas em nome da relevância e cristianização das pessoas. No entanto, embora muitos cristianizados, absolutamente nada doutrinados. A apostasia de pessoas da fé adventista ou de outras igrejas cristãs, nunca foram tão avassaladoras. As pessoas são evangelizadas apenas com o marketing do “Jesus te ama” e tudo o que você precisa fazer para ser batizado é aceitar o Seu nome – de Jesus. Assim evitam-se constrangimentos e facilita-se para que as pessoas tomem decisões e permaneçam na igreja. Verdades importantes de punho moral e doutrinário têm sido sacrificadas no altar do liberalismo e secularismo. Tudo isto para manter a boa impressão dos números. Embora os números tenham feito muitos sorrirem supondo bons resultados e crescimento, no fundo estão vazios e sem valor. A realidade dos números não acompanha a realidade da vida real. Diversos pregadores de várias corporações religiosas tem se queixado deste grande entrave. A popularização do evangelho o tem destituído de poder e consequentemente tem transformado professos cristãos em meros consumidores da fé cristã. Entre os grandes índices de perversidade pelo mundo ocidental, estão os que professam serem seguidores de Jesus Cristo. Este é o evangelho que muitos estão difundindo por ai para se evitar os constrangimentos, aumentar os índices de conversões, e tornar mais fácil o caminho das decisões das pessoas. Em nome de que? Em nome do evangelho da paz e do puro comodismo pessoal, quando na verdade a palavra de Deus nos ensinou que “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus, serão perseguidos” (2Tm 3:12). Mas esta não é a essência da pregação de muitos hoje.

Leitura Adicional

            “Deus, em Seu grande amor, procura desenvolver em nós as preciosas graças do Seu Espírito. Permite que enfrentemos obstáculos, perseguições e dificuldades, não como uma maldição, mas como a maior bênção de nossa vida. Toda tentação resistida, toda provação valorosamente suportada, traz-nos uma nova experiência, levando-nos avante na obra da edificação do caráter. A alma que, mediante o poder divino, resiste à tentação, revela ao mundo e ao universo celeste a eficácia da graça de Cristo.” (O Maior Discurso de Cristo, pág. 117).

            “A Seus seguidores não dá Jesus nenhuma esperança de glória ou riquezas terrestres ou de uma vida livre de tentações, mas mostra-lhes o privilégio de trilhar com o Senhor o caminho da abnegação e suportar calúnias do mundo que os não conhece.
A Ele que viera para salvar o mundo perdido, opuseram-se unidas as forças do inimigo de Deus e dos homens. Em cruel conspiração levantaram-se os homens e anjos maus contra o Príncipe da paz. Embora cada palavra e ação testificassem da compaixão divina, Sua falta de semelhança com o mundo provocava a mais amarga inimizade. Porque não consentisse em nenhuma inclinação má da natureza humana, despertou a mais feroz oposição e inimizade. Assim acontece a todos quantos desejam viver piamente em Cristo Jesus. Entre a justiça e o pecado, amor e ódio, verdade e falsidade há conflito irreprimível. Quem manifestar, na conduta, o amor de Cristo e a beleza da santidade, subtrai a Satanás os seus súditos, e por isso o príncipe das trevas contra ele se levanta. Opróbrio e perseguições atingirão a todos os que estão cheios do espírito de Cristo. A maneira das perseguições poderá mudar com o tempo, mas o fundamento - o espírito que lhes serve de base - é o mesmo que, desde os tempos de Abel, assassinou os escolhidos de Deus.
            Logo que os homens procuram viver em harmonia com Deus, acharão que o escândalo da cruz ainda não findou. Principados, potestades e exércitos espirituais da maldade nos lugares celestiais, estão voltados contra todos os que se submetem obedientemente à lei celestial. Por isso, aos discípulos de Cristo, deveriam as perseguições causar alegria, em lugar de tristeza, porque elas são uma demonstração de que seguem os passos do Senhor. ...
Pelo sofrimento e perseguição, a glória - o caráter - de Deus será manifestada em Seus escolhidos”. (O Maior Discurso de Cristo, págs. 29-31).

            “A Seus seguidores não dá Jesus nenhuma esperança de glória ou riquezas terrestres ou de uma vida livre de tentações, mas mostra-lhes o privilégio de trilhar com o Senhor o caminho da abnegação e suportar calúnias do mundo que os não conhece.
A Ele que viera para salvar o mundo perdido, opuseram-se unidas as forças do inimigo de Deus e dos homens. Em cruel conspiração levantaram-se os homens e anjos maus contra o Príncipe da paz. Embora cada palavra e ação testificassem da compaixão divina, Sua falta de semelhança com o mundo provocava a mais amarga inimizade. Porque não consentisse em nenhuma inclinação má da natureza humana, despertou a mais feroz oposição e inimizade. Assim acontece a todos quantos desejam viver piamente em Cristo Jesus. Entre a justiça e o pecado, amor e ódio, verdade e falsidade há conflito irreprimível. Quem manifestar, na conduta, o amor de Cristo e a beleza da santidade, subtrai a Satanás os seus súditos, e por isso o príncipe das trevas contra ele se levanta. Opróbrio e perseguições atingirão a todos os que estão cheios do espírito de Cristo. A maneira das perseguições poderá mudar com o tempo, mas o fundamento - o espírito que lhes serve de base - é o mesmo que, desde os tempos de Abel, assassinou os escolhidos de Deus. Logo que os homens procuram viver em harmonia com Deus, acharão que o escândalo da cruz ainda não findou. Principados, potestades e exércitos espirituais da maldade nos lugares celestiais, estão voltados contra todos os que se submetem obedientemente à lei celestial. Por isso, aos discípulos de Cristo, deveriam as perseguições causar alegria, em lugar de tristeza, porque elas são uma demonstração de que seguem os passos do Senhor. ... Pelo sofrimento e perseguição, a glória - o caráter - de Deus será manifestada em Seus escolhidos” (O Maior Discurso de Cristo, págs. 29-31).

“Em todos os séculos os escolhidos mensageiros de Deus têm sido ultrajados e perseguidos; não obstante, mediante seus sofrimentos foi o conhecimento de Deus disseminado no mundo. Todo discípulo de Cristo tem de ingressar nas fileiras e levar avante a mesma obra, sabendo que seu inimigo nada pode fazer contra a verdade, senão pela verdade. Deus pretende que a verdade seja posta pela frente, se torne objeto de exame e consideração, a despeito do desprezo que lhe votem. O espírito do povo deve ser agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para restringir a liberdade de consciência, é um instrumento de Deus para despertar as mentes que, do contrário, ficariam sonolentas.
Quantas vezes se têm observado esses resultados na história dos mensageiros de Deus! Quando o nobre e eloquente Estêvão foi apedrejado por instigação do conselho do Sinédrio, não houve nenhum prejuízo para a causa do evangelho. A luz do Céu a iluminar lhe o semblante, a divina compaixão que transpirava de sua oração quando agonizante, foram qual penetrante seta de convicção para os fanáticos membros do Sinédrio ali presentes, e Saulo, o fariseu perseguidor, tornou-se um vaso escolhido para levar diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel, o nome de Cristo. E muito depois Paulo, já envelhecido, escreveu de sua prisão em Roma: "Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, ... não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade." Filip. 1:15, 17 e 18. Por meio da prisão de Paulo o evangelho foi difundido, e almas ganhas para Cristo no próprio palácio dos Césares. Pelos esforços de Satanás para a destruir, a "incorruptível" semente da Palavra de Deus, "viva e que permanece para sempre" (I Ped. 1:23), é semeada no coração dos homens; mediante o sofrimento e a perseguição de Seus filhos, o nome de Cristo é magnificado, e almas são salvas.” (O Maior Discurso de Cristo, págs. 33 e 34).
                        
TERÇA, 27  DE DEZEMBRO
Anunciando a glória da cruz
(Gl 6:14)

            Segundo historiadores modernos, a crucifixão era uma pena bárbara e vergonhosa. Os criminosos mais escrupulosos eram punidos neste sistema por duas razões: 1º Objetivava punir o criminoso com muito sofrimento e dor; 2º Também tinha como objetivo humilhação e vergonha. Alguns historiadores acreditam que os criminosos eram despidos e sua nudez era exposta a todos, além da vergonha e desprezo da penalidade. A crucifixão era uma das penas mais severas e vergonhosas, e todos os que recebiam tal pena era como se fosse considerado um verme ou escroto da sociedade.
            Observe que, era exatamente este tipo de vergonha, desprezo, humilhação e sofrimento que Jesus foi acometido. Jesus, crucificado ao centro, foi ainda considerado o pior dos malfeitores. Foi desta cruz vergonhosa e desprezível que Paulo foi enfático ao afirmar “quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6:14). Gloriar-se de algo humilhante parece um tanto paradoxo, mas, para Paulo, a cruz de Cristo revelava uma glória que subporá qualquer humilhação e sofrimento desta terra. O discípulo entendia bem que, o desprezo e vergonha da cruz era o único caminho para a glória vindoura. Não era a cruz em si que estabelecia a glória, mas Aquele que nela fora crucificado. Assim é para nós hoje, pois a mesma cruz que encontrou espaços de exaltação nas palavras do discípulo é a mesma que deve encontrar guarida em nossas vidas. A Cruz do calvário somente se torna humilhante e desprezível para aqueles que a desprezam. No entanto, para os que se agarram nela, será o caminho para as glórias infindáveis.

Leitura Adicional

            “Tirai ao cristão a cruz, e é como se se apagasse o Sol que ilumina o dia, e removessem a Lua e as estrelas do firmamento dos Céus à noite. A cruz de Cristo leva-nos mais perto de Deus, reconciliando o homem com Ele, e Deus com o homem. O Pai olha à cruz, ao sofrimento que ela deu a Seu Filho a fim de salvar a raça da desenganada miséria e atrair o homem a Si. A cruz tem sido quase perdida de vista, mas sem a cruz não há ligação com o Pai, nem unidade com o Cordeiro em meio do trono do Céu, nem bom acolhimento dos errantes que quiserem voltar ao abandonado caminho da justiça e da verdade, nem esperança para o transgressor no dia do juízo. Sem cruz não há meio algum para vencer o poder de nosso forte inimigo. Toda esperança pende da cruz. Manuscrito 58, 1900. Quando o pecador chega à cruz, e eleva os olhos Àquele que morreu para salvá-lo, pode regozijar-se com plena alegria; pois seus pecados estão perdoados. Ajoelhando-se junto à cruz, atingiu o ponto mais elevado a que o homem pode chegar. A luz do conhecimento da glória de Deus revela-se na face de Jesus Cristo; e são proferidas as palavras de perdão: Vive, ó culpado pecador, vive. Teu arrependimento é aceito; pois encontrei um resgate.
Aprendemos, mediante a cruz, que nosso Pai celeste nos ama com infinito amor, e nos atrai a Si com uma compaixão mais anelante que a de uma mãe por seu filho errante. Admirar-nos-emos de que Paulo exclamasse: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo"? Gál. 6:14. Cabe-nos o privilégio também de gloriar-nos na cruz do Calvário, o privilégio de entregar-nos inteiramente Àquele que Se deu a Si mesmo por nós. Então, com a luz do amor que brilha de Seu rosto para o nosso, havemos de sair para refleti-lo sobre aqueles que se encontram nas trevas”. (Review and Herald, 29 de abril de 1902).
           
QUARTA, 28 DE DEZEMBRO
Uma nova criatura
(2 Co 5:17; Gl 6:15)

            Tornar-se uma nova criatura vai além das expectativas meramente humanas. A experiência de se tornar assim reflete especialmente no que o poder de Deus é capaz de fazer por nós e em nós. Toda e qualquer obra realizada a nosso favor, desde uma simples conversão e arrependimento, até a mudança de hábitos e pensamentos, são autenticamente e exclusivamente as notas da música da justificação pela fé. É Deus quem “opera em nós tanto o querer quanto o perfazer” afirmou Paulo (Fp 2:13). Este tipo de justificação não vem de nós, mas de Deus. Ela, a princípio, nos faz sentirmos salvo, como de fato somos, e no decorrer da vida cristã, vai aperfeiçoando-nos à imagem e semelhança de Cristo no caráter. Estas características são paulatinamente visíveis na vida dos que são justificados. Embora todos tenham lutas pessoais, e há de ter até o fim, este poder que está fora de nós, gradativamente nos leva em direção a vitória cristã e amadurecidos para o reino vindouro. Deus não apenas nos ressuscita de nossa morte espiritual, mas nos capacita a viver para um novo mundo – o eternal.
            No entanto, tornar-se uma nova criatura significa também vivermos de dentro pra fora, no sentido de, as obras externas serem um reflexo da nova criatura que o evangelho é capaz de criar em nós. Uma vida de hipocrisia, como a dos fariseus, é contrário à lei de Cristo ou da operação do Espírito Santo. Onde habita o Espírito, ali habita o poder de Deus; onde habita Cristo, ali habita o manancial de água viva que jorra para a vida eterna.

Leitura Adicional

            “Uma religião legal nunca poderá conduzir almas a Cristo; pois é destituída de amor e de Cristo. Jejuar ou orar quando imbuídos de um espírito de justificação própria, é uma abominação aos olhos de Deus. A solene assembleia para o culto, a rotina das cerimônias religiosas, a humilhação externa, o sacrifício imposto, mostram que o que pratica essas coisas se considera justo, e com títulos ao Céu, mas tudo é engano. Nossas próprias obras jamais poderão comprar a salvação.
Como foi nos dias de Cristo, assim se dá agora; os fariseus não conhecem sua necessidade espiritual. A eles se dirige a mensagem: "como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego e nu; aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestidos brancos para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez." Apoc. 3:17 e 18. Fé e amor são o ouro provado no fogo. Mas no caso de muitos se obscureceu o brilho do ouro, e perdeu-se o tesouro precioso. A justiça de Cristo é para eles um vestido sem uso, uma fonte intata. A esses é dito: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te pois de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti verei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apoc. 2:4 e 5.
"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus." Sal. 51:17. O homem se deve esvaziar do próprio eu, antes de ser, no mais amplo sentido, um crente em Jesus. Quando se renuncia ao eu, então o Senhor pode tornar o homem uma nova criatura. Novos odres podem conter o vinho novo. O amor de Cristo há de animar o crente de uma vida nova. Naquele que contempla o autor e consumador de nossa fé, o caráter de Cristo se há de manifestar.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 280).

 QUINTA E SEXTA, 29 e 30  DE DEZEMBRO
Considerações finais
(Gl 6:16-17; 2Co 4:10; 11:23-29)

            Em Gálatas 6:17, Paulo fala de sua própria experiência de vida com Cristo contra a experiência das marcas da circuncisão com símbolo das obras humanas. Neste paralelo ele é enfático ao fazer uma retórica de sua própria escravidão, a de pertencer a Cristo mesmo no sofrimento e perseguição. As marcas que ele faz menção, “são provavelmente, as consequências dos sofrimentos que padeceu no seu trabalho apostólico (2Co 11:23-27), como participação nos próprios sofrimentos de Cristo (2Co 1:5; 24). Alguns consideram que essas marcas comparam-se aqui às marcas que se colocavam nos escravos para indicar quem era o seu dono” (Comentário da Almeida). Sob este paralelo, ele demonstra em palavra e prática a quem realmente sua vida tem pertencido. Seu sofrimento, perseguição e lutas eram, por professar e viver, a verdade em Jesus. Paulo não estava reclamando de sua vocação e das consequências de ser escravo de Cristo, mas, com alegria, mostrando que não havia outra coisa melhor. Servir a Cristo ou ser escravo de Cristo era uma escolha deliberada motivada pelo prazer de amar e servir. Nada mais era significante e glorioso para Paulo. A cruz de Cristo era a essência de sua vida, ações, propósitos e pensamentos. Ele carregava as marcas que um dia o glorificariam. Marcas estas que, circuncisão ou obra nenhuma poderiam fazer por ele ou por qualquer um de nós.
            Nossas obras, embora importantes para glorificar a Deus (Jo 15:8; Mt 5:16), não podem fazer absolutamente nada por nós em sentido salvífico. Nossa justificação depende de alguém que está fora de nós. Este alguém é o Deus encarnado que se pendurou entre o Céu e a Terra para nos ligar novamente diante do Pai eterno e soberano. Ser justificado é a essência mais plena do amor de Deus por nós.

Leitura Adicional

            “A vida de Paulo estava em perigo, e ele recebeu de Deus a ordem de deixar Damasco por algum tempo. Foi para a Arábia, e ali, em relativa solidão, teve ampla oportunidade para comunhão com Deus e para contemplação. Desejava estar sozinho com Deus, para examinar seu próprio coração, para aprofundar seu arrependimento e preparar-se pela oração e estudo para empenhar-se num trabalho que lhe parecia demasiado grande e demasiado importante para tomar a seu cargo. Ele era um apóstolo, não escolhido de homens, mas escolhido de Deus, e seu trabalho foi claramente declarado ser entre os gentios.
Enquanto na Arábia não se comunicou com os apóstolos; buscou fervorosamente a Deus com todo o coração, determinando não descansar até que soubesse com certeza que seu arrependimento fora aceito, e seu grande pecado perdoado. Não abandonaria a luta antes que tivesse a certeza de que Jesus estaria com ele em seu futuro ministério. Devia levar sempre em seu corpo as marcas da glória de Cristo, em seus olhos, que tinham sido cegados pela luz celestial, e desejava também levar consigo constantemente a segurança da mantenedora graça de Cristo. Paulo entrou em íntima associação com o Céu, e Jesus esteve em comunhão com ele, estabelecendo-o na fé e outorgando-lhe Sua sabedoria e graça. (História da Redenção, p. 274 e 275).

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br

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