sábado, 26 de maio de 2012

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 09 – 2º Trimestre 2012


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 09 – 2º Trimestre 2012
(26 de maio a 2 de junho)

Comentário: Gilberto G. Theiss[1]

SÁBADO, 26 DE MAIO
Liberdade para ministrar

            “Como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10:15)

            Pensamento Chave: Treinamento sem ação não é treinamento.

            Certa vez, uma associação, por intermédio do diretor de evangelismo, realizou para todo o campo um treinamento para evangelistas voluntários. Muitas pessoas aceitaram o convite e não gastaram um centavo para serem treinadas, pois o campo pagou todas as despesas de alojamento, alimentação e materiais. Depois, observei que, alguns dos que realmente se tornaram evangelistas voluntários, não estavam entre àqueles que estiveram no treinamento, mas, pasmem, os que se tornaram evangelistas estavam dentre os que não foram no treinamento. Temos que ser mais organizados nesta questão, pois, às vezes a igreja investe valores altíssimos para treinar pessoas que jamais farão uso do que aprendeu. Infelizmente há sempre àqueles que desejam ir aos treinamentos por causa simplesmente do passeio, ou da comida gratuita, ou dos brindes. Portanto, atente para este fato,  quando escolher as pessoas, que sejam àquelas que realmente procurarão fazer uso do que aprenderam. Creio que, pelos frutos teremos uma impressão melhor de quem é quem. Sei que há pessoas em nosso meio com capacidades fantásticas que, precisam de um bom treinamento. No entanto, precisamos, antes de investir  especificamente nestas pessoas, procurar ter o máximo de confiança possível nos resultados que elas poderão oferecer. Creio que toda a igreja deva receber treinamento, mas, cada um na sua área específica para que os recursos sejam aplicados de maneira correta e certeira. Assim, não perderemos dinheiro e o que é mais precioso, o tempo e as pessoas certas.

           
DOMINGO, 27 de MAIO
Responsabilidade compartilhada
(Êx 18:13-26)

            Compartilhar as responsabilidades significa confiar a outros as mais importantes tarefas. Alguns, visando o sucesso das atividades, ficam receosos de confiar determinadas responsabilidades a outrem. Infelizmente, por mais responsáveis que estes sejam, não delegar, ou compartilhar as atividades do ministério, não estarão cumprindo os desígnios de Deus. No fundo, o que motiva alguns não compartilharem o trabalho, se deve ao fato de não confiarem nos outros. Em outras palavras, o senso, mesmo que imperceptível, de superioridade de capacidade é o que os impedem de dividirem as atividades. Ninguém é perfeito o suficiente para acreditar que somente em suas mãos as coisas funcionarão bem. O plano de Deus é que, todos sejam comissionados a desempenhar alguma responsabilidade na obra. Seja um leigo ou não, todos possuem um lugar especial no ministério. Deus deseja capacitar homens e mulheres que sejam desprovidos do próprio eu, e que sejam capazes de exercer o ministério com paixão e dedicação. Os erros poderão surgir, mas, movidos pelo Espírito Santo, serão capazes de realizar grandes feitos. Mas, como líderes, é necessário fazer a nossa parte: ensinar, treinar, motivar e especialmente confiar. Dar oportunidades aos outros compartilhando as responsabilidades é nosso dever e missão. Se os outros não sabem fazer, é nosso ministério também ensiná-los. Lembre-se que, os grandes líderes, são aqueles que são capazes de formar novos líderes, mas, para isto, é necessário confiar e compartilhar as tarefas.
           
                                   
SEGUNDA, 28 DE MAIO
Arriscar para alcançar o sucesso
 (Mt 7:17-18)

            Na vida como um todo é assim – cheia de riscos, sucessos e fracassos. Quando nos casamos, qual a garantia que recebemos que a pessoa amada jamais nos deixará? Quando os filhos vieram ao mundo, qual a garantia que os pais tiveram de que eles jamais os frustrarão? Dividir a vida, as estratégias e os planos são decisões que fazemos desde cedo na vida e não estamos imunes às frustrações que este tipo de aliança ou decisão poderá nos acarretar. No entanto, esta explanação serve apenas para exemplificar que, na obra de Deus, os riscos de fracasso em manter uma parceria existem, mesmo que trabalhemos sozinhos. No entanto, os riscos de alcançar o sucesso também são reais. O mais importante nesta estratégia, com riscos de sucesso ou fracasso, é que vem de Deus. Fomos chamados por Deus para desempenhar um ministério altruísta e não egoísta. Não somos chamados para trabalhar ilhados, mas para sermos unidos e confiantes em propósitos. O Espirito Santo capacitará e abençoará os esforços humanos, especialmente se eles estiverem unidos no mesmo objetivo. A confiança e consequentemente a divisão de tarefas redundará em resultados maiores e mais eficazes. Ninguém terá sucesso no casamento se não se arriscarem a casar-se. Desta mesma forma, ninguém terá sucesso no ministério ou na liderança de uma igreja se não se arriscarem a confiar responsabilidades aos demais.

TERÇA, 29 DE MAIO
Adaptando trabalhadores para a colheita
(At 6:1-8)

            Embora tenhamos que dividir as responsabilidades, confiar, treinar e motivar a igreja para o ministério devemos tomar muito cuidado quanto às pessoas que escolhemos para estar à frente. Moisés, quando aconselhado por Jetro, não escolheu qualquer pessoa para representar a liderança de Israel. Ele foi minucioso na escolha e levou em consideração principios relevantes para o tipo de responsabilidade. No Novo Testamento não vemos atitudes diferentes, pois, quando os diáconos foram escolhidos, observamos o mesmo rigor nas escolhas. Os que foram escolhidos foram indicados criteriosamente. Assim, nos dias atuais, não devemos tratar a obra do Senhor com leviandade. Deve-se escolher pessoas para representar a igreja, o ministério e as funções evangelísticas, àqueles que, através de seu testemunho pessoal, sejam capazes de apresentar a essência do poder de Deus. Vidas que não estejam de acordo com a mensagem, despertará mais desconfiança e incredulidade do que confiança e fé na mensagem de Deus. Embora exista uma forte tendência em nossos dias de tratar as coisas espirituais de maneira tão liberal, temos que ter em mente que, a obra não deve ser manchada por testemunhos equivocados e estranhos à verdade. Escolher pessoas com testemunho adequado pode ser falsamente representado como arrogância por parte de quem os escolheu, mas, independente de serem assim, tais escolhas são feitas com autorização da palavra de Deus.

QUARTA, 30 DE MAIO
Crescimento espiritual por meio do trabalho
(Jo 7:17; 4:36)

            Todos os cristãos estão a caminho do crescimento ou morte espiritual. Os que, rotineiramente, perdem seu tempo com novelas, filmes, vídeo games, ou outra coisa destituída de espiritualidade, estão confinando-se à morte espiritual. Por outro lado, aqueles que estão investindo em tempo de qualidade com Deus, estes estão em contínuo crescimento espiritual. Mas, além de separar tempo de qualidade com Deus, àqueles que estão, de alguma forma, envolvidos na pregação do evangelho, estão em um ritmo de crescimento espiritual inigualável. Ser um missionário potencializa o crescimento em Cristo ou santificação. Ler a Bíblia, orar e testificar são os mais importantes ingredientes para uma vida de acréscimo espiritual. Nada pode se igualar a estes três ingredientes. Não é fácil explicar como isto acontece, o que sabemos é que de fato acontece. Envolver-se no trabalho de Deus trás benefícios sem limites. Somos mais abençoados do que as pessoas que estão recebendo a luz da palavra de Deus. Somos mais agraciados pelo toque do Espírito do que as pessoas que estão aprendendo conosco. Uma dica imprescindível para quem está morrendo espiritualmente é, seja um missionário ou um evangelista, e a glicose espiritual voltará a circular em suas veias novamente. Não há outra forma de estar bem espiritualmente. Qualquer pessoa que não esteja, de alguma forma envolvida na obra, não será capaz de sobreviver muito tempo na vida cristã. Esta é uma realidade indiscutível.

QUINTA E SEXTA 31 DE MAIO
Harmonizando através do envolvimento
(At 1:15-26; 15:36-40)

            Interessante notar que, uma igreja que não trabalha dá trabalho. Esta regra e realidade parecem perseguir-nos constantemente. Se sua igreja parece lhe dar muitos trabalhos e dores de cabeça, então, chegou a hora de fazê-la trabalhar intensamente. Envolver a todos é uma boa solução para resolver os demais problemas na igreja. A grande verdade é que, enquanto as mãos estiverem ocupadas, menor será a possibilidade de levantarem os dedos para acusar alguém. Outra frase interessante é, “mente vazia, oficina do diabo”, pois, se os membros não tiverem absolutamente nada para fazer, suas mentes ficarão a mercê do diabo para semear pensamentos de discórdia. Portanto, o segredo é, faça o povo trabalhar e eles lhe darão poucos problemas. O envolvimento oferta união e pensamento uniforme. Mesmo sobre tais condições, é possível que haja alguns contratempos, mas significativamente será bem menor. Montar uma estratégia evangelística/missionária e ajudar a igreja comprar a ideia fará que todos girem em torno deste mesmo propósito. Desta maneira, com a mente envolvida no mesmo objetivo, fará com que as diferenças sejam seus aliados. O envolvimento é a senha para o crescimento da igreja em todos os sentidos.



[1]Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” e “tratado teológico adventista” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico e colportor efetivo por um ano na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia e cursou extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB. Gilberto G. Theiss é autor de vários livros e artigos e é inteiramente submisso e fiel tanto à mensagem bíblico-adventista quanto à seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. No entanto Gilberto Theiss faz questão de ressaltar que, toda esta biografia acima é destituída de valor, e que o único currículo valioso que possui é o de Deus, sua família, irmãos e amigos fazerem parte de sua vida. O resto tem o seu devido lugar, porém fora e bem distante do pódio. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br

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