domingo, 8 de janeiro de 2012

Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 02 – 1º Trimestre 2012


Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 02 – 1º Trimestre 2012
(7 a 14 Janeiro)

Comentário: Gilberto G. Theiss

SÁBADO, 7 DE JANEIRO
No princípio
(Cl 1:16)

            Certa feita fui convidado a visitar uma jovem que possuía grandes dificuldades para aceitar ou entender a origem do ser humano. Após ter aceito o convite para tal, um rapaz me abordou para dizer-me que perderia meu tempo em visitar esta jovem, pois, outros já haviam feito o mesmo, porém sem sucesso. Bom, nestas circunstâncias, acabei aceitando o desafio de falar com esta jovem. Ao chegar à sua casa, de cara ela me perguntou se eu era o rapaz que a convenceria que estava errada em suas convicções. Eu, prontamente disse que qualquer tipo de convencimento não dependeria de mim, mas exclusivamente dela e da ação do Espírito Santo. A seu convite entrei e me sentei na sala. Ela, de imediato me perguntou se eu poderia provar que não viemos do macaco. Esta pergunta foi fácil de ser resolvida e rapidamente pedi que ela lesse em Gênesis 1:27 a descrição e confirmação de que viemos de Deus e que fomos feitos à Sua própria imagem e semelhança. Para minha surpresa, ela parecia saber que eu responderia com este texto e me fez uma segunda pergunta: “Então, já que fomos feitos a imagem e semelhança de Deus, como você me provaria que Deus não é um macaco?”. Naquele momento baixei a cabeça e pedi ajuda de Deus, pois nunca alguém havia me feito uma pergunta como esta. Foi então que, ao levantar a cabeça, penso que o Espírito de Deus me chamou a atenção para um espelho que estava na parede, e ao contemplar aquele espelho tive uma ideia. Respondi com um pouco de ironia: “Minha cara amiga, me faça um favor, se levante e vá em direção àquele espelho, se observe bem e veja se você se parece com uma macaca, pois, se você se parecer, com certeza Deus também será um macaco”. Ela não se levantou e me perguntou se poderíamos começar logo o estudo bíblico. Por fim, meses depois ela se batizou. A história que contei foi real e formata bem a cosmovisão evolucionista inserida na mente das pessoas de nosso século. Durante esta semana vamos discorrer um pouco mais a este respeito e descobrir que há verdades absolutas e que Deus, de fato, foi o originador de todas as coisas criadas antes do pecado.

DOMINGO, 8 DE JANEIRO
Semana da criação
(Gn 1:1; Mt 19:4; Êx 20:8-11; I Tm 2:13; Is 40:26)

            Genesis é o coração da criação de Deus em toda a Bíblia. Há os que pretendem transformar esta narrativa em um discurso simbólico. Esta seria a forma mais clara de subjugar a criação aos moldes evolucionista. A evolução não passa de uma suposta teoria, mas, percebe-se que, embora uma teoria, muitos a tratam como uma clara revelação da ciência. Na verdade o naturalismo científico evolucionista não passa de uma religião filosófica. Os que a defende, às vezes o faz com excessiva paixão, mesmo sem todas as evidências plausíveis e necessárias. Como alguns criacionistas já mencionaram, é necessária uma demanda de fé maior no evolucionismo que no criacionismo.
A fé que os criacionistas depositam na semana da criação de Gênesis é bastante racional, pois parte do pressuposto da incrível inteligência necessária para estabelecer tudo o que fora criado. Quando analisamos a complexidade do olho, ou então as cores da pena de um pavão, como Darwin, é impossível não ficarmos impressionados. Ao contemplar toda a vasta natureza, os detalhes de sobrevivência que ela nos oferece, percebemos que, no mínimo, alguém sabia que viríamos. Como bem afirmou o físico Freeman Dyson que “quando olhamos para o universo e identificamos os muitos acidentes de física e astronomia que colaboram para o nosso benefício, quase parece que o universo deve de algum modo ter sabido que estávamos chegando” (Energy in the Universe, Scientific American, 224, 1971, p.50). Em toda a Bíblia percebemos que nenhum dos patriarcas, profetas ou apóstolos possuíam dúvidas quanto a criação de Deus. Todos eles proclamam com palavras sólidas que Deus foi o autor.

 SEGUNDA, 9 DE JANEIRO
O coração do Criador
 (Jó 38:4-7; Dt 32:10-11; Mt 23:37)

             A criação revela com inexprimível beleza que Deus é amor. Podemos perceber nitidamente em cada viva cor das flores, dos cantos dos pássaros, do arco-íris, da beleza de um pôr do sol, enfim, em todos os lados é possível contemplar algo que revela a grandeza da bondade a amor de Deus. Stephen Hawking, considerado um dos maiores cientistas no mundo atual, em um programa de tv, questionado sobre a existência de Deus, sem nenhuma hesitação ele afirmou categoricamente que, tudo ao nosso redor é bem melhor explicado se inserirmos Deus como autor. Antony Flew, reconhecido como uma das mentes mais brilhantes da filosofia dos últimos cem anos se rendeu ao cristianismo depois de cinquenta anos de luta contra a fé.
            Deus estrategicamente materializou o que estava em seu coração. O mundo, na forma como saiu de Suas mãos revelou sua grandeza e beleza. Tudo foi um reflexo de Sua majestade e grandiosidade. Infelizmente o pecado desfigurou boa parte da criação de Deus, minimizando o efeito do esplendor  de Sua glória. Além do mais, a ideia de ancestralidade em animais, é outra forma de Satanás impedir a humanidade de reconhecer e enxergar a glória de Deus no que ainda sobrou. Definitivamente, os homens parecem pretender macacanizar os homens e humanar os macacos. Desfigurando  conclusivamente o que foi criado com tanta significância e valor – o homem e a mulher. Satanás tem tentado rebaixar o homem a níveis patéticos, assim mais facilmente ele consegue fazer com que a humanidade perca de vista as belezas de um Deus cheio de graça, amor e bondade.
                       
TERÇA, 10  DE JANEIRO
Os Céus proclamam
(Ec 7:29)

Todos são, diariamente, perseguidos pelas pegadas de Deus na criação. Especialmente os homens de intelecto  científico que, em suas pesquisas e estudos, tem descoberto as normas mais complexas da existência de cada uma delas. A natureza de forma geral, como bem expressou Paulo “os atributos de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Rm 1:20). Tudo ao nosso redor, mesmo desfigurado pelo pecado, ainda é capaz de mostrar não somente a existência de Deus, mas também sua grandeza.  Por este motivo é que Paulo encerra o verso dizendo que “tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Ibdem).
Nâo precisamos necessariamente observar apenas o que está a nossa volta para entender esta sublime verdade, basta olhar para nós mesmo e contemplar a complexidade da máquina viva que nos forma. Cada orgão, tecido, química que somos formados revelam com nitidez uma tecnologia impressionante criada por alguém extremamente inteligente. Um computador, carro, avião, ou qualquer outra coisa inventada pelo homem é infinitamente arcaico diante do corpo humano. Enfim, o poder, grandeza, inteligência e sabedoria são visíveis aos olhos e ouvidos – basta abrí-los para contemplar. Lembre-se que, os salmistas que escreveram sobre as belezas da criação de Deus não possuiam os conhecimentos que temos hoje, dos mundos, do universo, do sol, das estrelas, do espaço tão bem programado e dirigido pelas leis da física e da química. Não possuíam o conhecimento que hoje desnuda muitos dos mistérios da ordem das coisas, e mesmo assim foram capazes de desmonstrar tamanha impressão. Imagina então se eles pudessem ter visto o que o que vemos hoje?

QUARTA, 11 DE JANEIRO
A cruz e a criação
(Jo 1:1-13; Rm 5:12)

             Jesus criou de maneira majestosa e bela as águas, a terra, o sol, a natureza, os animais e o homem. Quando terminou a Sua obra de criação, então, Ele descansou no sábado conforme o mandamento. Infelizmente o pecado entrou também neste mundo e as coisas belas passaram a ser manchadas pela transgressão. O caráter de Deus foi maculado na natureza e também no homem. O mesmo Jesus, após cerca de quatro mil anos, desce novamente nesta terra, agora, não para sujar apenas as mãos com o pó, mas para se vestir completamente dele. Tornar-se-ia homem para começar outra obra – da recriação. Jesus, em Sua vida apresenta à humanidade o caráter que é aceitável a Deus, e com sua morte e ressurreição Ele ganha o direito de reestabelecer os fundamentos para tal. Agora, depois de render o espírito, novamente ele, em sua morte, descansa no sábado conforme o mandamento. Sua morte e ressurreição garante o direito de realizar uma obra de recriação, tanto na vida dos que o aceitam, como na restauração final de todas as coisas, especialmente da Terra.
            Existe uma ligação muito íntima entre a criação e a cruz, pois foi a cruz que fundamentou o propósito de Deus de trazer novamente o Éden restaurado. Foi a cruz que estabeleceu novamente o direito de trazer de volta do pó Adão e toda sua geração de remidos à Terra restaurada. O plano original de Deus não se perdeu por causa do pecado, e em breve, por causa da cruz, contemplaremos a Terra renovada pelo amor e poder deste Deus grandioso e imensurável.

QUINTA E SEXTA 12 e 13 de JANEIRO
Criação e recriação
(Is 65:17; 66:22; 2Pe 3:13; Ap 21:4)

            Um dia alguém me perguntou de qual seria a razão lógica para ensinar que Jesus salva. Com ironia perguntou: “Salvar do que?” Esta talvez seja uma pergunta feita por muitas outras pessoas que não entendem o plano de Deus para a humanidade. Eu respondi a esta pessoa que: “As folhas secam, se murcham e morrem; as flores envelhecem, secam, se murcham e morrem; os animais envelhecem, adoecem e morrem, os homens envelhecem e morrem; agora eu é que pergunto, Jesus virá para salvar do que?” Em breve todo o sofrimento, traição, frustração, injustiça, corrupção, maldade e insanidade humana chegarão ao fim, pois Deus reestabelecerá tudo novamente ao Seu plano original. A Terra será recriada, a vida será recriada, os sonhos serão recriados, os ideais serão recriados, a felicidade será recriada, a satisfação será recriada, a alegria será recriada, as famílias serão recriadas, a saúde será recriada, o bem estar será recriado, enfim, uma nova Terra e um novo Céu onde habita justiça e eternidade serão  o palco para nossa nova existência. Por este motivo que sempre afirmo, jamais perderei este glorioso mundo que está por vir. Nada nesta vida deve ser mais importante do que as promessas de Deus. Absolutamente nada deve ocupar o primeiro lugar em nosso coração. Absolutamente nada aqui deve ser tão sublime quanto as maravilhas que nos aguardam naquele grande dia. Que caia o mundo, mas que jamais caia a nossa fé. Satanás poderá tirar tudo de nós, nossos filhos, nossa esposa, nosso esposo, nossos amigos, nosso emprego, nossa saúde, nossa paz, nossa alegria, nossa satisfação, nossos sonhos, mas uma coisa ele não pode tirar de sobre nós – a mão poderosa de Deus.

Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br

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