Comentário da Lição da Escola Sabatina – Lição 03 – 1º Trimestre 2012
(14 a 21 de Janeiro)
Comentário: Gilberto G. Theiss
SÁBADO, 14 DE JANEIRO
Deus como redentor
(Ap 5:12)
“Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graça”.
Satanás havia acusado Deus de impor um fardo de lei sobre suas criaturas que lhes restringia a liberdade. Satanás intentou provar que seu argumento era verdadeiro e para isto fez de Adão e Eva seu alvo inicial. Atraindo Eva para o único lugar onde tinha acesso, local onde estava plantada a árvore do conhecimento do bem e mal, discursou sua filosofia contra Deus levando Eva a desconfiar do criador. Adão, logo depois foi persuadido a confinar sua vida ao mesmo destino. A lei de Deus foi quebrada, a desobediência perpetrada, e Satanás, aparentemente provara para todo o universo que Deus realmente estava equivocado em Sua forma de governar os mundos. A dúvida permaneceu no coração de muitos, senão de todos e Deus permaneceu em silêncio até o momento da cruz, onde Ele daria ser brado de vitória contra a dúvida semeada nos seres e contra o pecado desde a raiz até os seus ramos. O pecado era ofensivo demais a Deus, e Sua justiça, para reparar a consequência do pecado na vida das criaturas terrenas, requeria um sangue que fosse plenamente puro de qualquer contaminação, seja na essência ou no ato consumado. Este era o único meio de ofertar perdão à raça caída, um substituto que não fosse infectado. Jesus, uma das pessoas da divindade, se ofertou a ser o inocente que pagaria a pena do culpado e pelo culpado. Deus na pessoa de Jesus havia manchado Suas mãos para criar o homem, mas agora, não sujaria apenas as mãos, mas o corpo todo ao se vestir de pó – de humanidade. Ele, com Sua essência imaculada, revestir-se-ia sobre si da humanidade caída. Duas naturezas misteriosamente se juntaram em Cristo, a sua própria sem mácula para que pudesse satisfazer as exigências da lei, não apenas em atos, mas também em essência, e a da humanidade, para que pudesse levar os nossos pecados até a cruz e depositá-la na sepultura. Assim se estabeleceu definitivamente o fundamento da redenção que fez de Deus o personagem central e de nós o seu legítimo alvo. Até mesmo os anjos e os mundos não caídos ficaram pasmos ao contemplar com indizível clareza, onde Deus foi capaz de ir para salvar um mundo que não merecia ser salvo.
DOMINGO, 15 DE JANEIRO
Na cruz
(Rm 5:8; 1:18)
Satanás e seus anjos rebeldes acreditavam que a justiça divina jamais seria capaz de aceitar qualquer situação misericordiosa, pois sabiam que Deus não muda. O impasse do pecado estabeleceu uma situação insolúvel. Todos que pecaram estavam para sempre arruinados. Sem esperança, sem compaixão, sem perdão sem remédio que solucionasse a situação. A justiça de Deus precisava ser cumprida e a norma do caráter de Onipotente reforçava a postura da lei. Todos os seres criados em todo o vasto universo compreendiam esta verdade absoluta e invariável. A justiça e a misericórdia jamais se abraçariam. Como poderia a misericórdia ser exercida diante de uma lei inflexível? Bom, mas acontece que Deus tinha uma carta das mangas. No entanto, esta carta nas mangas traria grande perda no Céu. O filho, membro da divindade, entraria no ventre de uma mulher humana para se tornar a oferta perfeita e cumprir nEle a justiça da lei. O plano de Deus assombrou todo o vasto universo, não apenas pela sabedoria em ter criado um plano tão perfeito, mas especialmente pelo fato do próprio Deus fazer parte do plano. Deus faria que a justiça da lei se cumprisse, porém Nele mesmo. Jesus assumiu a punição e desta maneira, poderia ganhar o direito de perdoar efetuando misericórdia. Assumindo a punição, Cristo não anularia a lei e daria cumprimento da justiça, ao mesmo tempo, exerceria compaixão e misericórdia. Nele a justiça e a misericórdia se abraçaram e tornou possível a remissão da humanidade caída. A cruz é o centro não apenas de nossa história convencional, mas o centro de todo o universo. Os humanos podem ser redimidos através da cruz, mas o universo, que havia sido afetado pelas mentiras de Satanás contra Deus, também seria restaurado pelo poder do amor da cruz do calvário. O mistério do amor de Deus será sem dúvida uma das matérias que estudaremos pelos anos da eternidade, e através deste conhecimento, ficaremos mais e mais repletos de admiração e amor por Ele.
SEGUNDA, 16 DE JANEIRO
O evangelho no Antigo Testamento
(Gn 3:15; Rm 16:20; Gn 22:1-19)
O evangelho do Antigo Testamento não é diferente do Novo. Na verdade a Novo Testamento é um testemunho claro da materialização da promessa contida no Velho. Cada verso, linha e letra escrita nos escritos antigos foram escritos com sangue espiritual de Cristo. Cada narrativa e história apresentam com indescritível beleza o poder do amor de Deus pela humanidade. Gênesis 3:15, a primeira e grande promessa da vinda de Cristo para esmagar e aniquilar o poder do mal. As experiências dos patriarcas, especialmente de Abraão, remontam o que de fato aconteceria um dia no gólgota. Enfim, todos os profetas foram instruídos pelo Espírito Santo de maneira que suas obras e palavras fossem uma clara apresentação do verdadeiro Evangelho centralizado no Messias ou em Cristo. Tudo no Antigo Testamento canalizava para Jesus – o Deus encarnado. Cada palavra, cada sentença, cada história, narrativa e experiência tinha como papel de fundo a verdade a respeito de nossa condição deplorável, situação real do mundo e o desfecho final de todo o mal e pecado. Jesus foi a senha que desnudou todo o imensurável amor de Deus em prol dos que nada de bom mereciam. Deus poderia ter lançando este mísero planeta nos confins do universo para dele nunca mais se lembrar, mas, isto Ele não fez. Preferiu ofertar sua vida e nos oferecer através dela liberdade, remissão e redenção. Este é o Deus que estamos lidando, um Ser majestoso e repleto de compaixão. Nada para Ele é mais importante do que as vidas daqueles que um dia criou. Este ser é você...
TERÇA, 17 DE JANEIRO
Salvação em Isaías
(Is 53; I Pe 1:19; 2:21-25)
Isaias 53, para mim, é o coração de toda a Escritura. A inspiração que o profeta recebeu para escrever tal capítulo representa a linha que percorre toda a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Todas as verdades estão ligadas a esta narrativa assim como dezenas de computadores estão ligados por uma rede à um computador central. A verdade mais sublime, inigualável e gloriosa da cruz não parece estar no Novo Testamento, mas em Isaías 53. A cruz do calvário foi a materialização da profecia de Isaías e a confirmação das mensagens de todos os demais profetas. Embora os Judeus interpretem este capítulo como representando a nação de Israel em sofrimento e agonia, é inegável que Israel não tomaria sobre si os pecados da nação (v.12). Somente o Messias poderia fazer cumprir estas palabras em Sua vida. O mundo e o universo foram marcados por este cumprimento. A história se dividiu com este episódio. Os povos do universo de Deus ficaram pasmos diante do que houve na cruz, até as vidas das pessoas são alcançadas e centralizadas por este incrível e admirável feito (Jo 12:32). A cruz se tornou o centro do universo e será por causa dela que a capital do universo será transferida para este mundo após a restauração final de todas as coisas. Isaías contemplou com espanto a verdadeira glória infindável se tornando miséria e desgraça. Jesus se ofertou para ser o nosso substituto. Ele assumiu o nosso sofrimento, dor, desespero e morte. Ele pagou 100% da pena que deveríamos ter pago. Cobriu de maneira absoluta a dívida que nos era impagável. Isto é no mais pleno sentido justificação pela fé. A graça de Cristo nos envolve e somos redimidos totalmente pelo sangue precioso derramado naquela madeira. A madeira já deixou de existir, pois foi consumida pelo tempo, mas o sangue que ali foi depositado, permanece até hoje, de maneira alegórica, no santuário celestial em nosso favor. Nossas obras não podem nos tornar justos diante de Deus, somente a santidade, obediência e perfeição de Cristo é que são capazes de nos tornar justos e aceitáveis diante de Deus (DTN 760). Este é o significado da Cruz e de Isaías 53.
QUARTA, 18 DE JANEIRO
Os evangelhos e a cruz
(Mc 10:32-45)
Assim como no Antigo Testamento, no Novo Jesus permanece como o centro de todos os evangelhos e cartas. A nota tônica entre todos os Apóstolos é – Cristo como substituto do homem, Cristo como morto na cruz em nosso lugar e Cristo como Àquele que ressurgiu dos mortos. Historiadores do primeiro registrou fatos a respeito da existência de Jesus, o líder do cristianismo e seus seguidores. Há evidências arqueológicas e escriturísticas da veracidade dos evangelhos no tocante a suas narrativas históricas e geográficas o que reforça a veracidade dos fenômenos, milagres e autenticidade da morte e ressurreição de Jesus. Graças a estes evangelhos, o cristianismo hoje é a maior religião existente no mundo. Embora haja discordâncias quanto questões doutrinárias, não há nenhuma dúvida quanto a confiabilidade das histórias da redenção em Cristo. Os evangelhos centralizam Jesus como o Deus encarnado. Também o centraliza como o centro de nossas vidas. Os discípulos falaram sobre suas experiências com Cristo. Foram testemunhas oculares e relataram as obras que Ele fez quando aqui esteve. Outros não presenciaram, mas, através de pesquisa exaustiva fez-nos conhecer os fatos como realmente eles foram. Neste caso o livro de Lucas é uma evidência baseada em acurada pesquisa. Enfim, não há absolutamente nada que anule os fatos narrados pelo Novo Testamento e nem fora dele. Cristo é a essência da existência desses livros e a confirmação do Antigo Testamento.
QUINTA E SEXTA 19 e 20 de JANEIRO
O brado na cruz
(Mt 27:46)
A dor e sofrimento que sorveu sobe Cristo não foi fingindo e muito menos serviu para cumprir tabela. Deus pode contemplar o futuro e pode com indizível clareza, através das profecias contida no Velho Testamento, apresentar a agonia que o Filho de Deus deveria passar antes de Sua morte. Encerrando o sofrimento no cálice da morte, Jesus, ali, tomou sobre si toda a ruina humana. Por este motivo, todos que se achegam à Cristo com sinceridade, acharão perdão, paz e descanso. A redenção nos é outorgada exclusivamente pelo que aconteceu naquela cruz. O sacrifício de Jesus foi completo na cruz e todos que se achegam a ela são alcançados pela misericórdia e compaixão de Deus. O brado na cruz, na verdade, foi o brado da vitória, pois é através dele que nossas esperanças podem ser renovar e se fortalecer. Um dia estaremos no Céu, e somente quando estivermos lá é que entenderemos plenamente o significado da expressão – Jesus morreu em meu lugar. Tudo hoje na vida é desfigurado, e nossas próprias emoções e razões foram distorcidas pela nossa própria maneira teimosa que querer ver a vida e interpretá-la. Embora isto ocorra, a cruz foi e é uma realidade intocável e plenamente verdadeira. Sua veracidade extrapola nossa mais profunda convicção e excede nosso mais profundo entendimento. O brado da cruz, narrado pelos três evangelhos é o brado que nos alcança hoje implorando por arrependimento e conversão de nossa parte. Este grito deve encher nossas vidas de espanto e admiração plena. Devemos tomar cuidados, pois somos tão duros de coração e insensíveis que corremos o risco de não ouvir ou sentir. Pense nisso...
Gilberto G. Theiss, nascido no estado do Paraná, é membro da Igreja adventista do Sétimo dia desde 1996. Crê integralmente nas 28 doutrinas Adventista como constam no livro “Nisto Cremos” lançado pela “Casa Publicadora Brasileira”. Foi ancião por 3 anos na Igreja Adventista do Sétimo dia da cidade Nova Rezende/MG e por 6 anos na Igreja Central de Guaxupé/MG. Foi Obreiro bíblico na mesma cidade e hoje, além de ser coordenador do curso básico de reforço teológico para líderes de igreja pelo site www.altoclamor.com, está Bacharelando no Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Gilberto G. Theiss é autor de alguns livros e é inteiramente submisso e fiel tanto a mensagem bíblico-adventista quanto a seus superiores no movimento Adventista como pede hebreus 13:17. Toda a mensagem falada ou escrita por este autor é filtrada plenamente pelo que rege a doutrina bíblica-adventista do sétimo dia. Contato: gilbertotheiss@yahoo.com.br
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