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sábado, 5 de maio de 2012

DANIEL CAPÍTULO 1 E O TEMPO DO FIM


(Daniel Capítulo 1)

(1)“No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, reis da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou.” (2) “E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus”

O terceiro ano do reinado de Jeoaquim durou, pelo calendário judeu, do outono de 606 até o outono de 605 a. C.. (SDABC, p. 91). A presença do rei Nabucodonosor na Palestina no princípio do verão de 605 a. C., segundo Daniel 1:1, é confirmado pelo historiador babilônico Berosus, cujo trabalho original perdeu-se, mas cujo testemunho pertinente a este acontecimento é citado por Josejo (Against apion i. 19). Berosus relata que Nabucodonosor foi incumbido por seu pai Nabopolassar de extinguir uma rebelião no Egito, Fenícia e Coele-Síria. Tendo completado sua missão, mas estando ainda no ocidente, recebeu a notícia da morte de seu pai. Deixando os cativos dentre os quais são mencionados judeus – nas mãos dos seus generais, regressou apressadamente para a Babilônia pela curta rota do deserto o mais rápido possível. Esta pressa era sem dúvida devido ao desejo de evitar que algum usurpador ocupasse o trono.

No entanto, dentre os cativos de Nabucodonosor, provavelmente estava ali presente Daniel e seus amigos. A afirmação de Daniel 1:1 e 2 e a do historiador Berosus são coniventes entre si ao fazer a menção da campanha do rei. Isto indica que, de fato, o evento foi real e preciso tanto nos fatos quanto na cronologia. É aqui que começa todo o drama mais intenso, pois Daniel e seus amigos são levados, juntamente com muitos outros judeus, para um ambiente hostil e degradado espiritualmente por uma cultura e religião pagã. O principal deus babilônico era marduque, que, desde o tempo da primeira dinastia, mais de um milênio antes, era popularmente chamado de bêl, “senhor”. O seu principal templo chamado de esagila, em cujo pátio se achava a grande torre do templo, etemenanki, estava no coração de Babilônia (SDABC, v.4, p. 786).

Nabucodonosor, além de levar aprisionado os melhores homens de Judá, levou também os mais valiosos vasos do templo para o uso no serviço do seu deus marduque. Houve três ocasiões em que os caldeus levaram vasos sagrados para Babilônia. Na primeira vez, como registrado neste capítulo;  na segunda vez quando Jerusalém foi tomada no término do reinado de Jeoaquim em 597 a. C. (II Reis 24:13); e na terceira vez no governo de Zedequias, em 586 a. C., depois de um longo cerco Jerusalém foi tomada e destruída (II Reis 25:8-15). As espoliações dos tesouros de Jerusalém pelas forças da Babilônia foi o cumprimento da profecia de Isaías pronunciada cerca de um século antes (Isaias 39:6).

Nabucodonosor pretendia diluir a fé judaica oprimindo os judeus e forçando-os a negarem seu Deus em favor dos deuses babilônicos. No verso 5, a palavra “determinou”, no hebraico minâ, é usada aqui para transmitir a ideia de ordenar em grau intensivo. A palavra é usada duas vezes em Daniel 1:5 e 10, e quatro vezes em Jonas 1:17; 2:1; 4:6-8, objetos – a comida de Daniel, o peixe de Jonas, a planta, o verme e o vento calmoso – e predizem que os tais estão debaixo do controle divino (HARRIS, p. 851). Em outras palavras, comumente este verbo é usado para designar a autoridade divina na ordem expressa, e uma vez que Daniel a usou para designar a autoridade de Nabucodonosor, provavelmente ele pretendia indicar que o rei estava se tronando no lugar de Deus.

Uma clara indicação desta verdade é o contraste entre a alimentação pura e limpa e oferecida por Deus em Gênesis 1:29 reivindicada por Daniel no verso 12, e as exigências de Nabucodonosor no verso 5 para consumirem dos manjares imundos estabelecidos pelo rei.
Outro contraste bem evidente foi a troca dos nomes de Daniel e seus amigos. Daniel significa “Deus é meu juiz”, mas foi trocado para Beltesazar, uma possível abreviação de bel-balâtsu-usur, ou seja, “Bel proteja a vida do rei”. Lembrando que, bel é o nome popular do principal deus da Babilônia chamado marduque.

Hananias significa “Jeová é gracioso”. Agora trocado para Sadraque que alguns sugerem ser o nome do deus elamita shutruk.
Misael significa “quem pertence a Deus?”, e agora é trocado para Mesaque referindo-se a um outro deus Babilônico com um nome ainda indefinido.
Azarias significa “Jeová ajuda”, e agora trocado para Abede-nego que se refere à Abed-Nebo, ou seja, “Servo de [o deus] Nabu”. O objetivo do rei era dissolver os sinais distintivos do Deus Jeová da vida desses jovens e inserir os sinais distintivos da religião pagã, submetendo-os a uma rigorosa culturalização babilônica. Deveriam eles, sob pressão da cultura da época, passar por um sincretismo religioso abstendo-se, gradativamente, de sua própria cultura e identidade hebraica.

O conflito entre o bem e o mal é nítido desde o começo da história relatada neste capítulo. De maneira incisiva o rei Nabucodonosor intenta contra a cidade santa, rapta e escraviza o povo de Deus, leva os utensílios sagrados para oferecer a seus deuses. O povo de Deus, em especial Daniel e seus amigos, são submetidos a uma espécie lavagem cerebral intensa para que, com o tempo, perdessem a similitude hebreia tornando-se conivente com o secularismo e relativismo religioso da época optante pelos costumes babilônicos.

Em nossos dias, parece que os conflitos vivenciados por Daniel e seus amigos estão bem presentes. Sob o manto do valor e respeito pela cultura e do forte sincretismo religioso em desenvolvimento em nossos dias, muitos estão perdendo suas raízes cristãs. Sob a influência dinâmica do secularismo e relativismo contemporâneo, são poucos os cristãos que tem permanecido em pé. Como nos tempos de Daniel, a babilônia espiritual, ou seja, todo o sistema falso de religião, seja católico, protestante, espiritismo, ateísmo, naturalismo, panteismo ou qualquer outro sistema, estão impregnando o mundo de heresias e diluindo a fé de muitos. O secularismo e o naturalismo nas universidades do mundo estão arrebatando muitos dos jovens que um dia professavam pertencer a Cristo e Sua verdade. No capítulo 1 especificamente, vemos nitidamente o conflito que envolveu princípios alimentares, cultura religiosa e adoração. 

O conflito enfrentado por estes jovens valorosos são ao mesmo tempo uma clara demonstração do que o povo de Deus enfrentará nos últimos dias da história do mundo – claro, nossos dias. Apocalipse 14:6 e 7 apresenta, desafios semelhantes aos dos dias de Daniel. “Temei a Deus e dai-lhe glória” e “adorai aquele que fez”, se referem explicitamente à conflitos de ordem semelhante aos daquele tempo. “Temei a Deus e dai-lhe glória”, tem haver com a preservação do corpo físico e do caráter (1 Coríntios 10:31; 6:18-20; 3:16-17); e “adorai aquele que fez”, tem haver com honrar o verdadeiro Deus que “fez” todas as coisas (Êxodo 20:2-17), em detrimento dos deuses criados pela babilônia espiritual impregnando inclusive, além de muitos conceitos filosóficos, um falso dia de adoração – o domingo. Assim como Nabucodonosor intentou diluir os sinais distintivos do Deus Jeová da vida desses jovens e inserir os sinais distintivos da religião pagã, em nossos dias, por meio de Satanás o povo de Deus é severamente provado pelas pressões do mundo, heresias ensinadas pelo panteísmo, naturalismo, ateísmo, catolicismo, protestantismo e espiritismo com o objetivo de inserir os sinais, ou marcas da apostasia.
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Outro fato importante tem haver com as investidas de Babilônia no passado contra Jerusalém, pois elas podem significar um pré-anúncio do que ocorrerá no futuro. Observe:
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1º INVESTIDA - (Passado) - Em 605, Babilônia invade Judá e promove um assalto cultural religioso. (Futuro) - Babilônia espiritual promoverá investidas contra a verdade estabelecendo diversas campanhas a favor de suas heresias influenciando o mundo inteiro (Apocalipse 16:13 e 14). O domingo é tratado e propagado como um dia memorável à família. Já que é favor da família, qualquer um que se oponha, seria como se estivesse se opondo à família.
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2º INVESTIDA - (Passado) - Em 597, Babilônia invade novamente Judá, promovendo um assalto para impor sua autoridade e domínio. (Futuro) - Babilônia espiritual promoverá seu domínio através da imposição definitivamente do "chamado sinal da besta" (Apocalipse 13:15-18; Sofonias 2:1).
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3º INVESTIDA - (Passado) - Em 586, Babilônia invade novamente Judá, promovendo um assalto de destruição. (Futuro) - Babilônia espiritual, promoverá um decreto de morte a todos os que não aceitarem o seu sinal em detrimento do sinal de Deus (Apocalipse 13:15; contrastar com Ezequiel 20:12 e 20).
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O fato mais importante de toda esta narrativa é que, se não formos como Daniel e seus amigos, homens de fé, fiéis, corajosos e totalmente comprometidos com Deus e Sua verdade, jamais estaremos aptos a vencer todo esse relativismo, secularismo, e sincretismo religioso de nosso tempo. Daniel e seus amigos, por seus atos de coragem e de fidelidade, se tornam exemplo para nós hoje. Já que eles são exemplos para nós, observe como a palavra de Deus descreve estes homens. A Bíblia apresenta 7 importantes qualidades de caráter que existia neles, e que devem fazer parte de nossas vidas também (Daniel 1:4).

1º Eles não possuíam defeito (integridade, pureza moral e física)
2º Eles tinham boa aparência (eram corretos na conduta e nas palavras)
3º Eles eram instruídos em toda a sabedoria (eram estudiosos da palavra de Deus e consequentemente cheios da sabedoria provinda do Espírito de Deus)
4º Doutos em ciência (Possuíam muito conhecimento de sua época, estavam bem preparados cognitivamente para enfrentar os desafios de seu tempo. Não tinham preguiça mental)
5º Versados no conhecimento (Sabiam manejar bem o conhecimento que possuíam, dádiva concedida por Deus quando somos homens de oração e assíduo estudante da Escritura, além do conhecimento e ciência convencional).
6º Competentes (Tudo o que faziam, faziam com paixão, amor, responsabilidade e com diligência).
7º Por último, não se trata de uma virtude particular, mas de uma virtude sublime ortogada por Deus. O verso 3 sugere que alguns deles eram de linhagem real, e Daniel e seus amigos, por terem sido trazidos para a corte, indica que, provavelmente eram desta linhagem. Mas, embora fossem de uma linhagem real no sentido literal, por serem servos de Deus com tantas qualidades morais e espirituais, com certeza eles são considerados também como pertencendo à linhagem real do céu. Filhos do Altíssimo e verdadeiro Deus.

Conclusão:

Para finalizar, entenda que, em nossos dias, enfrentamos e enfrentaremos situações semelhantes a que estes jovens enfrentaram, e somente os que possuírem qualidades semelhantes é que serão capazes de permanecer em pé. Daniel e os demais foram fiéis, mesmo em face do perigo. Enfrentaram a contra mão da vida, com o objetivo de permanecerem firmes ao lado do Onipotente. Saiba que, hoje, assim como no passado, Deus procura homens e mulheres que possuam no coração o desejo e a luta constante para serem como estes jovens. Certamente, todos que se colocarem sob o comando do Deus dos Céus e da Terra, Aquele que estabeleceu todas as coisas, sem dúvida, serão vitoriosos como Daniel e seus amigos. Lembre-se que, o capítulo termina dizendo que o rei Nabucodonosor e outros reis passaram, mas Daniel permaneceu (Daniel 1:21). A pergunta que surge agora é, e você, permanecerá ou passará como os reis da terra? A decisão é sua.


Próxima semana: Daniel capítulo 2 e o tempo do fim.

Fontes adicionais:

COMENTARIO biblico Adventista del septimo dia: la santa biblia con material exegetico y expositorio. Francis D Nichol, Victor E. Ampuero Matta, Nancy W. de Vyhmeister. California: Pacific Press, 1981.

HOLBROOK, Frank B. Editor; Estudos Sobre Daniel: Origem, Unidade e Relevância Profética. Traução Francisco Alves de Pontes, Fernanda Carolina de Andrade Souza. Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2009.

NICHOL, Francis D. Comments About Daniel. Washington, D.C. : The Seventh-Day Adventist Bible commentary, 1955.

MAXUELL, C. M. Uma Nova era Segundo as Profecias de Daniel. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996.


(Gilberto Theiss - Extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB, Bacharelando em Teologia pelo SALT, e é coordenador do curso de capacitação teológica pelo portal Alto Clamor.)


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pornografia: o novo ramo da indústria gospel

Desde que se começou a achar que o evangelho, para ser relevante, precisava conter coisas do mundo para ser atraente, as coisas começaram a desandar.

Parece que os autores de dessa nova metodologia pensam que apalavra gospel virou sufixo e que basta adicioná-la no final de qualquer expressão que represente um modismo mundano que tudo se torna de Jesus.

E, como se já não bastasse aplicar esse lamentável conceito ao evangelismo, agora decidiram levá-lo também para a intimidade do casal cristão. Isso mesmo! A indústria gospel resolveu investir na produção de filmes eróticos evangélicos.

Modificando para justificar

Para diferenciar da pornografia tradicional, todas as obras possuem algumas regras de conduta: os protagonistas dos filmes são casais — marido e mulher mesmo - na vida real, todas as cenas seguem preceitos do sexo cristão — e tem a religião como princípio -, nunca é extraconjugal e práticas como ménage, sadomasoquismo e nudismo (!) são impensáveis.

Sex shops online

Mas não pense que é somente isso. Há também sex shops online criados para apimentar a relação de acordo com preceitos da Bíblia, mas que na prática oferecem os mesmos produtos das outras sex shops - o que muda é só o nome.

Até onde isso vai parar?
Fonte: Atitude Cristã

Nota Gilberto Theiss: Qual o próximo passo a ser trilhado pelo mundo evangélico? Depois do samba e rock de Jesus agora observamos de camarote a pornografia de Jesus. O que me deixa mais estagnado e quase a dar um infarte é em ver como os professos cristãos de nosso tempo conseguem digerir essas insanidades com tanta facilidade. A geração cristã de hoje talvez seja uma das mais promíscuas, secularizadas e completamente mundanas. Não me admira em pensar que a população de Sodoma e Gomorra eram religiosas naqueles melhores dias pré chuva de fogo e enxofre, e somente Ló, Abraão e mais alguns poucos homens e mulheres eram de fato homens que não se compravam e que não se vendiam. Em nossos dias, não dá mais para saber quem de fato é cristão e quem de fato não é, salvo em alguns casos onde alguns são equivocadamente chamados de fanáticos e legalistas. Como bem expressou a perseguida Ellen White que,

'Quanto mais distante ficarem os jovens dos elementos corruptos e corruptores deste mundo,  melhor e mais segura será a sua futura experiência [...] Mas eu tenho sido instruída sobre o fato de que a verdade não tem sido apresentada em seu verdadeiro ângulo. O resultado final disto tende a corromper as mentes; o santo não se tem feito distinto do profano" (Carta 162, 1900).

"A linha de separação entre cristão  professos e ímpios é agora dificilmente discernida. Os membros da igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a ele, e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo" (O Grande Conflito, p. 588).

Agora observe com extrema atenção esta tão profunda declaração:

"Muitos que se chamam cristão são meros moralistas humannos. Recusaram a dádiva que, somente, podia habilitá-los para honrar a Cristo assim como representá-Lo ao mundo. A obra do espírito Santo lhes é estranha. Não são praticantes da Palavra. Os princípios celestes que distinguem os que são um com Cristo dos que se unem ao mundo, tornaram-se quase indistintos. Os professos seguidores de Cristo não são mais um povo separado e peculiar. A linha de demarcação é imperceptível. O povo não está se subordinando à lei, quando o mundo devia passar para a igreja na obediência da mesma. Diaramente a igreja está se convertendo ao mundo". (Parábolas de Jesus, ps. 315, 316).

Como sempre digo, quem viver verá? Não mesmo, já estamos vendo isto ocorrer de maneira escancarada diante dos nossos olhos. Diante de tais situações caóticas no meio cristão só posso dizer uma única coisa: "Eu e minha casa, mesmo que sejamos chamados de fanáticos e legalistas, continuaremos servindo ao Senhor".

Leia Também: A maior nação Cristã do mundo, está cada vez menos cristã.  ou leia apenas a nota na íntegra logo abaixo:

Nota Gilberto Theiss: Allan Bloom, Filósofo e catedrático na comissão de ciências na Universidade de Chicago - EUA, em seu esplêndido livro "O Declínio da Cultura Ocidental", apresenta como os fenômenos e paradigmas mudaram no decorrer das últimas décadas. A geração dos anos 60, a era do rock, o apelo à sexualidade, o egocentrismo, o nihilismo, a criatividade, a educação liberal, a decomposição do ensino, o declínio das ciências humanas e a morte da própria religião cristã estão no âmago de todas os declínios de valores e princípios. 
Ao fazer menção do declínio do cristianismo, especialmente nos Estados Unidos, Bloom, embora não cristão, é contundente ao afirmar que, quando Nietzsche e o iluminismo decretaram a morte de Deus, consequentemente os valores, princípios, a família, a moralidade, o desejo pela pureza, integridade e o dever pelo direito e o desejo pelo saber  e pela boa música moral, também passaram a ser assassinados. Interessante notar que Bloom reconhece a patologia da degradação atual como também resultante da morte de Deus. 
Ora, o que este ilustre professor reconhece era o que já sabíamos. Se Deus e Sua vontade não forem o centro da vida dos seres humanos, que tipo de mundo esperamos construir? Sem Deus, o único mundo que teremos nas próximas gerações será o mundo do caos político, social, cultural e da destruição. A religião cristã de  hoje, como destacado por Bloom, vive a passos largos em direção à apostasia plena dos valores que a emolduraram por longos tempos - se é que já não tenha chegado lá. 
Um parecer semelhante podemos encontrar na declaração de Albert Mohler Junior, em seu livro escrito com outros autores, intitulado "Reforma Hoje" - Mohler destaca que a pós-modernidade realizou um assalto cruel à verdade e ao cristianismo, causando uma destruição dentro da própria igreja transformando a ortodoxia e a heresia em conceitos vazios e destituídos de valor. Segundo ele, as fronteiras do que é santo e profano, sagrado ou secular, desapareceram completamente. Termos como falsidade e verdade não são questões de indiferença moral para a igreja atual. Em nome do perspectivismo, alguns religiosos rejeitaram a unidade da verdade e adotaram a subjetividade incondicional. Consequentemente, a fim de ganhar distância do fundamentalismo, muitos evangélicos abandonaram completamente o próprio fundamento.
Outro grande teólogo evangélico chamado Gene Edward Veith Junior, em seu livro intitulado "Tempos pós-modernos", segue a mesma linha de raciocínio de Albert Mohler, James Boice, Sinclair Ferguson, Nancy Pearcey e Charles Colson, afirmando que o colapso da fé se desenvolve à medida em que o pós-modernismo, sob o fundamento do secularismo e relativismo, desconstrói a verdade absoluta para construir verdades aleatórias relativistas. A desconstrução da fé, o aparecimento de uma cultura global e a polarização estão construindo uma nova forma de viver, interpretar e de formar o conceito de verdade em prol de um anti-fundamentalismo religioso. Consequentemente a identidade cristã vai sendo minada e em seu lugar vem surgindo um simples conceito de "ala cultura". Aliás, tudo em nossos dias tem se transformado em cultura - A cultura das drogas, a cultura do rock, a cultura das gangues de rua, a cultura dos cultos primitivos, a cultura do culto satânico e até a própria falta de cultura virou cultura em nossos dias. Neste ínterim, a religião cristã não passa de uma simples cultura e nada mais que isso.
Estes, entre tantos outros motivos, foi o que levou Nancy Pearcey escrever "Verdade Absoluta" com o objetivo de libertar o cristianismo de seu cativeiro cultural, como bem está estampado logo na capa de seu livro; e Charles Colson em "E agora, como viveremos?", tentando resgatar valores, princípios e crenças fundamentais como a da legitimidade da verdade de um Deus existente  e atuante perdida mesmo no meio cristão.
Mas, em todo caso, não precisamos ser pegos de surpresa quanto ao papel hipotético que o cristianismo tem exercido sobre o mundo, pois a Bíblia previa que este tipo de cristianismo em plena degradação seria um fato. Paulo em II Timóteo 3:1-5 apresenta uma lista nada animadora de imoralidade, perversidade, incredulidade e imoralidade para o final dos tempos. O mais chocante nestes versos é que, provavelmente o apóstolo estava afirmando que isto aconteceria entre os povos que se denominariam religiosos. A palavra "piedade" do verso 5, eusebeias no grego, pode ser traduzida também como religiosidade - ou seja, "tendo aparência de religioso, negando-lhe entretanto o poder". Ele conclui a citação dizendo para fugir também destes que se dizem religiosos mas não são. 
O próprio Jesus em Lucas 18:8 afirmou que "quando vier o  Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?". Provavelmente, Jesus, ao ter contemplado o futuro e observado a situação caótica do cristianismo, não exitou em revelar que a fé também estaria em pleno declínio. Claro que, a busca pela espiritualidade em nossos dias é extravasante, mas, a busca pela submissão à Deus e à Sua vontade estão longe de serem buscados.
Eu não diria que "quem viver verá" como é muito insinuado por ai, creio que já estamos vivendo neste futuro impactante de grandes mudanças envolvendo mistura plena da verdade com a mentira. Ellen White, falando sobre o fim, foi contundente em afirmar que: "Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a falsidade estará tão misturada com a verdade que, somente os que têm a guia do Espírito Santo serão capazes de distinguir a verdade do erro" (SDA Bible Commentary, v.7, p. 907). Creio que já estamos vivendo neste tempo predito. O sucumbimento da fé, a relativização da verdade absoluta e a secularização dos padrões morais de Deus estão em alta. 
Somente um movimento bem fundamentado e protegido pela inspiração direta de Deus mediante a Bíblia e o dom profético é que seria capaz de ainda superar o tsunami de heresias revestidas de secularismo e relativismo. Embora isto seja um fato, os adventistas do Sétimo dia devem ter em mente que, Israel, ao ser influenciados pelo Egito, perderam sua identidade como povo de Deus. O povo de Deus não está imune a esta situação. O Israel espiritual de hoje talvez nunca chegue a este ponto, mas o mesmo não podemos dizer daqueles que à frequentam. A igreja atual não se apostatará, mas o mesmo não podemos afirmar dos que ali se encontram para adorar. O secularismo e o relativismo jamais macularão as doutrinas desta igreja, mas o mesmo não podemos afirmar quanto à vida, os costumes, a arte, e os pensamentos dos que à frequentam.  Segundo a profecia, a apostasia de muitos dentre o povo de Deus, por estarem mergulhados na heresia e mundanismo será grande. Assim declara Ellen White: "Permanecer em defesa da verdade e justiça, quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor, quando são poucos os campeões. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição" (2 TS, p. 31). 
Tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição, é o mesmo que tentar produzir fogo no meio da chuva, com duas barras de gelo na mão, e dentro d'água. Portanto, quem viver verá? Não, este futuro chegou, bem vindo a ele. Este é o período do início da sacudidura, mas, como bem afirmou Pastor Jorge Mário, "logo chegará o tempo, em que não haverá mais tempo". O tempo para buscar o reavivamento e reforma é hoje, agora, neste, exato momento. Lembre-se que, Deus tem uma dura advertência contra o secularismo e relativismo (Is 5:20 e 21), e em breve, Esse Deus que foi expulso por Karl marx do céu, retirado do inconsciente por Freud, banido da ciência por Darwin, assassinado por Nietzsche, transformado em um delírio por Richard Dawkins, secularizado e relativizado pelos cristãos pós-modernos, em breve virá gloriosamente nas nuvens do Céu, para espanto e terror dos incrédulos (Mt 24:30; Lc 21:27Ap 1:7; ITs 4:16,17)

Gilberto Theiss - Extensão em arqueologia do oriente próximo pela UEPB, Bacharelando em Teologia pelo SALT, e é coordenador do curso de capacitação teológica pelo portal Alto Clamor.

sábado, 14 de abril de 2012

Data Center do governo dos EUA coleta dados de tudo o que você faz na internet


O novo complexo da NSA, que promete espionar tudo o que pessoas comuns fazem, levanta a pergunta: a Skynet está entre nós?

Na série o Exterminador do Futuro, a maior ameaça não eram os poderosos ciborgues enviados para matar John Connor, mas uma entidade maior, que controlava uma rede de robôs e alimentava uma guerra contra os humanos: a Skynet. No filme, o software criado no fim do século XX é capaz de controlar todo o sistema de defesa dos EUA que, eventualmente, se rebelou contra seus criadores e usa todo o conhecimento e estrutura fornecidos pelos americanos para tentar aniquilar a espécie.

Agora, especialistas do mundo todo se perguntam se uma Skynet do mundo real está sendo criada no meio do Deserto de Utah. É que a NSA (Agência Nacional de Segurança) dos Estados Unidos está erguendo uma enorme estrutura por lá, que promete coletar e armazenar dados de organizações, governos e até de você, um cidadão comum.

Que dados? Todos. Compras feitas com cartão, ligações, emails, sites acessados, livros que você está lendo... ou seja: tudo o que você faz, compra e consome. Com novas tecnologias e técnicas avançadas de criptografia, o Utah Data Center poderá acessar informações de qualquer um ou qualquer coisa que tenha acesso à comunicação via satélite.

Guerra ao terrorismo

O UDC é parte do programa “Total Information Awarenewss”, criado no governo Bush, que desde o ataque ao World Trade Center já gastou dezenas de milhões de dólares em medidas contra o terrorismo. Só este enorme centro no meio do deserto irá custar 2 bilhões de dólares.

O preço astronômico se deve ao fato de que o UDC será uma estrutura autônoma, o que quer dizer que ele será capaz de gerar sua própria eletricidade, com uma subestação localizada na estrutura. Além disso, ele poderá armazenar água e alimentos suficientes para manter sua equipe por até três dias.

Todos os equipamentos e serviços que existirão por lá fazem com que o tamanho necessário para que o edifício cumpra seus propósitos seja gigantesco: mais de 65mil metros quadrados, que deverão estar construídos e devidamente ocupados até setembro de 2013.

Para você ter uma ideia do tipo de máquina que o UCD irá abrigar, a meta é que elas sejam capazes de armazenar dados em Yottabytes (10 à 24 potência) – uma unidade tão grande que ainda não nomeamos o que vem depois dela.

Toda essa capacidade é necessária porque, além de receber, analisar e armazenar dados de toda a web, é esperado que o UDC possa fazer isso em uma escala muito maior do que se ele estivesse funcionando hoje, já que a quantidade de internautas irá crescer muito nos próximos anos. Segundo um relatório da Cisco, por exemplo, em 2015 teremos quatro vezes mais pessoas com acesso à internet do que em 2010.

Para “processar” toda essa informação, uma empresa chamada Narus criou um software capaz de examinar 10 gigabytes por segundo e, então, copiar automaticamente qualquer comunicação suspeita.

Você será investigado – saiba como

Depois que o centro coleta, analisa e separa todos os dados, o “Data Mining” começa – um conjunto de programas juntará o que a NSA julga interessante automaticamente e criará padrões, que podem prever como você se comporta. Parece absurdo? Saiba que o Data Mining já está sendo usado por agências de pesquisa hoje, embora com uma quantidade bem menor de dados.

Por exemplo, a PUCRJ descobriu recentemente, usando a técnica, que mulheres que trabalhavam, quando aprovadas em seu vestibular com notas boas, dificilmente fariam a matrícula. Isso porque provavelmente passaram em uma universidade pública e o fato de elas trabalharem indica que terão preferência pela educação gratuita.

O exemplo é simples, mas dá para imaginar que tipo de padrões podem ser traçados com eles quando você coleta dados de um país inteiro – ou do mundo inteiro. O que a maioria das mulheres compra quando está de TPM? A NSA vai saber através de suas contas. Onde os muçulmanos de uma cidade vão estar na quinta feira? A NSA tem todos os emails e recibos de estacionamento para traçar um padrão de comportamento. Para quem você vai ligar para contar todas as fofocas da balada do último sábado? A NSA sabe – e também vai ficar por dentro de todos os bafos.

De acordo com o escritório de Relações Públicas da NSA, a organização não irá espionar a vida de americanos civis – quanto mais de civis do resto do mundo. E, em uma sessão no congresso americano sobre o assunto, realizada em março, o diretor geral da NSA, Keith Alexander, confirmou a declaração dizendo que não há interesse em fuçar a vida de gente comum. “Apenas nos preocupamos com a cybersegurança da população”, declarou. Resta saber o que será considerado uma ameaça à segurança da população.

Fonte: Revista Galileu (Via Diário da Profecia)

Nota: Hoje podemos observar na vida real o que era uma realidade apenas nos limites da ficção. Mais surpreendente que isto é o fato de, como o cenário global em conexão com as profecias vão se materializando gradativamente. Apocalipse capítulos 13 e 17 estão próximos de alcançar o climax de suas previsões para o tempo do fim. Me lembro que, por volta de uns 20 anos atrás se pregava que um dia os poderosos, sejam eles religiosos ou políticos, criariam um meio de exercer um controle mais rigoroso aos indivíduos. Este tipo de previsão tinha como fundamento a revelação de João sobre "não poderá comprar, nem vender", com exceção dos que aceitassem o sinal da besta (Ap 13:15-18). Longe de qualquer pronunciamento especulativo, fantasioso ou sensacionalista, querendo ou não, mais cedo ou mais tarde, os fogos da inquisição irão se acender novamente. Este dia virá, especialmente quando o povo de Deus for despertado de sua letargia espiritual. O reavivamento da igreja, no final dos tempos, despertará os inimigos da verdade e a oposição se levantará dentro e fora da igreja lançando sobre o povo de Deus as mais cruéis perseguições. Parece fantasia ou sensacionalismo, mas não nos esqueçamos que esta fantasia e sensacionalismo ceifou milhares de vidas durante os períodos da idade média e moderna nas chamadas inquisição e cruzadas, isto é, sem levar em consideração as noites de São Bartolomeu na revolução francesa. Quem viver verá...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Desastres naturais quadruplicaram em 40 anos


"A frequência de desastres naturais anuais quadruplicou no mundo entre a década de 1970 e 2010, indica uma nota do Instituto de Meteorologia (IM) para assinalar hoje o Dia Mundial da Meteorologia.


As menos de 100 ocorrências por ano dispararam para mais de 450 em quatro décadas, enquanto os prejuízos subiram de 7,6 mil milhões de euros para mais de 60 mil milhões em cada ano, em todo o mundo, ainda de acordo com os dados do IM. Em 2005, quando o furacão "Katrina" atingiu a costa Oriental dos Estados Unidos, os prejuízos ultrapassam os 160 mil milhões de euros.


Os especialistas admitem que o aumento possa ser "exacerbado pelas alterações climáticas, hoje reconhecidas como inequívocas" pelo Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas (IPCC na sigla em inglês).



A subida da temperatura média do ar e dos oceanos são consequências dessa realidade, que implica a diminuição do gelo nos polos e a subida do nível médio da água do mar. "Portugal não escapa igualmente a fenómenos meteorológicos e climáticos extremos", considera o IM, enunciando depois as inundações, os fogos florestais, as secas e as ondas de calor como as situações mais frequentes no país.


Em consequência, cita o ano de 2003, onde uma onda de calor terá sido a responsável pela morte de mais de duas mil pessoas e os fogos florestais nesse mesmo ano como os desastres que mais impacto tiveram.


Já quanto a prejuízos, as cheias na Madeira em 2010 ocupam o topo da tabela, com custos de mil milhões de euros.


As secas são também destacadas na última década, designadamente a que ocorreu entre novembro de 2004 e fevereiro de 2006 e a que atinge a totalidade Portugal Continental atualmente, de forma extrema ou severa.


Fonte: Diário de Notícias (negritos meus para destaque)


Apenas relembrando:

"O refreador Espírito de Deus já está sendo retirado da Terra. Furacões, tempestades, incêndios e inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida sucessão. A ciência procura explicar tudo isso. Os sinais que se avolumam em redor de nós, anunciando o próximo aparecimento do Filho de Deus, são atribuídos a qualquer outra causa que não a verdadeira. As pessoas não podem distinguir os anjos sentinelas, contendo os quatro ventos para que não soprem enquanto os servos de Deus não forem selados; mas quando Deus mandar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de conflito que pena alguma poderá descrever." (Ellen White, Manuscrito 100, 1893)
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